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Marc Márquez supera traumas, conquista a MotoGP pela 7ª vez e iguala Valentino Rossi

Bastou um segundo lugar no GP do Japão, neste domingo, para Marc Márquez, de 32 anos, assegurar seu sétimo título da MotoGP, seis anos após sua última conquista – havia sido campeão em 2013, 2014 e entre 2016 e 2019. Com o resultado, o piloto espanhol igualou o número de troféus da lenda italiana Valentino Rossi. Ambos estão a um título do recordista Giacomo Agostini, que dominou a categoria nos anos 1960 e 1970.

O detentor do título de 2024, Jorge Martín, ficou fora da prova após fraturar a clavícula em uma queda na corrida sprint de sábado – ele retornou à Espanha, onde passará por cirurgia nesta segunda-feira. A etapa de Montegi foi vencida por seu companheiro de Ducati, o bicampeão Francesco Bagnaia, mas a festa foi toda para Márquez, que festejou o hepta com cinco provas de antecipação.

A conquista de Márquez representa uma verdadeira lição de resiliência do piloto espanhol, que desde a última conquista, em 2019, sofreu com lesões, especialmente uma grave no braço direito em 2020, em Jerez de la Frontera, quatro cirurgias, concussões e problemas de visão (diplopia), episódios que o afastaram das pistas por longos períodos.

Somente em 2024, quando deixou a Honda e foi para a Gresini, em busca de uma moto da Ducati, Marc Márquez conseguiu ter regularidade e voltou a ser competitivo, com três vitórias e dez pódios. A parceria do espanhol com a Ducati, neste ano, resultou em uma das melhores campanhas da história, com 11 vitórias em corridas e 14 triunfos em sprints nos 17 GPs disputados.

“Não quero me lembrar de tudo o que passei, mas é verdade que foi muito difícil. Agora me sinto em paz. Cometi um grande erro na minha carreira ao retornar tão cedo. Lutei e lutei, e agora venci novamente”, disse Márquez ao final da corrida, emocionado.

“Eu sempre vi a luz no fim do túnel, mas às vezes as pessoas tinham de levantar as persianas para eu ver essa luz, e eu a segui. Eu sabia como responder às perguntas que tinha dentro de mim. Às vezes, na vida, você tem de ser egoísta e pensar em si mesmo, e foi isso que eu fiz. Entrei nesse ciclo com o acidente em Jerez, que piorei com uma decisão inteiramente minha. No final, tive de sair, e com ajuda, consegui. É por isso que estou em paz.”

Além do hepta na MotoGP, Marc Márquez também igualou Rossi, antigo mentor antes de a rivalidade nas pistas provocar uma forte inimizade entre eles, com nove conquistas mundiais na motovelocidade, considerando as das 125cc e Moto2 do espanhol e das 125cc e 250cc do italiano. A consagração em Motegi consolida Marc Márquez entre os melhores pilotos da história e o deixa a um título do recorde de Agostini.

Estadão Conteudo

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