O coordenador da Câmara Técnica Estadual de Transplante de Córnea do Programa Estadual de Transplantes, Gustavo Bonfadini, explicou que o manual fornece ferramentas para que o paciente seja mais proativo na busca de seus direitos e cumprimento de deveres.
“Buscamos fazer um manual com informações em linguagem didática e simples para que todo o paciente inscrito na fila de transplante saiba que pode acompanhar a localização na fila pelo site e ao se aproximar do início [da fila], ele poderá marcar os exames pré-operatórios e tomar as medidas necessárias antes do transplante”, explicou ele.
O médico explicou que alguns pacientes acabam não podendo fazer transplante por não terem se preparado para a cirurgia. “O hospital público não tem como informar aos pacientes o lugar de cada um na fila. Então a Central de Transplantes tem que ligar, o que demanda tempo e atrasa a fila. Agora, com o manual, temos ferramentas para que haja uma corresponsabilidade entre o paciente e a instituição pública ou o médico cirurgião particular”, completou o coordenador.
A lista dos que esperam pelo transplante é única por estado, com critério da espera cronológico. Alguns casos mais graves podem ter prioridade, como olho perfurado, úlcera de córnea, retransplante após falência primária do enxerto.
No Rio de Janeiro, há dois bancos de olhos e seis hospitais que fazem o transplante pelo Sistema Único de Saúde (SUS): Hospital Universitário Pedro Ernesto, Hospital Universitário Antônio Pedro, Hospital Federal dos Servidores do Estado, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e Hospital Adventista Silvestre e Oftalmoclínica São Gonçalo.
No ano passado, foram feitas 310 cirurgias no estado, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Qualquer um pode ser doador de córneas, basta informar à família. Pelo Disque-Transplante, no número 155, é possível tirar dúvidas sobre doações e transplantes.
Agência Brasil