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Por G1
Um grupo de 200 pessoas ocupou o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília às 3h desta segunda-feira (22). De acordo com a Polícia Militar, a União Camponesa chegou com um ônibus, e o grupo forçou a portar para ocupar os andares superiores do prédio.
Às 5h, dois ônibus do Movimento Brasileiro Sem Terra chegaram ao local e mais 150 pessoas entraram no prédio. Segundo a PM, a ocupação é pacífica e sem registro de dano ou confronto até a última atualização desta reportagem. O G1 busca contato com representantes do protesto.
De acordo com o dirigente da União Nacional Camponesa (UNC) no Piauí, Júlio César Chaves, o grupo pede a ajuda do ministério para acabar com os conflitos de terra pela reforma agrária.
"O que chamam de conflito, nós chamamos de massacre. O sem terra é sempre marginalizado, enquanto o fazendeiro e o grileiro que agem com crueldade não são vistos da mesma forma. Queremos o fim dessa violência."
Ainda segundo o dirigente, outros benefícios como a entrega regular da cesta básica e lonas também fazer parte das reivindicações. Chaves disse ainda que há 500 pessoas dentro do edifício que vieram de 17 estados diferentes, entre eles São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Maranhão.
Até a publicação desta reportagem, não ocorreu contato entre membros do Incra com os manifestantes e não previsão para liberação do prédio. Às 7h40, cerca de 60 funcionários esperavam na frente do prédio esperando notícias sobre como será o dia de trabalho.
"Cheguei para trabalhar às 6h30 e já estava tudo bloqueado. Não conseguimos nem entrar no prédio. Precisamos esperar a chefia liberar para irmos embora, mas só sabemos disso perto das 11h", disse a recepcionista Valdineide Nascimento de Oliveira.