Na tarde desta segunda-feira (17), manifestantes contrários ao PL 1904, conhecido como “Projeto do Estupro”, realizaram um protesto na praça Alencastro, em frente à Prefeitura de Cuiabá. O grupo se opõe à aprovação do texto que equipara a pena para mulheres que interromperem a gestação após as 22 semanas à pena de homicídio, com previsão de até 20 anos de prisão.
O ato contou com a participação de representantes e membros de entidades dos direitos humanos, movimento negro, LGBT, sindicatos e outras organizações. Os manifestantes carregavam cartazes contra o projeto e utilizavam megafones para expressar os motivos pelos quais a medida é considerada inaceitável.
Discursos foram feitos contra a atuação do deputado federal Abílio Brunini (PL) e da Coronel Fernanda (PL). Uma manifestante relembrou uma fala do parlamentar, em que ele afirmava que mulheres abortariam para “curtir a vida”.
Os manifestantes também protestaram contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criticando sua atitude de ler e aprovar a medida de urgência ao projeto em menos de 30 segundos.
Durante o protesto, foram lidas notícias de casos de abuso sexual contra crianças em diversas partes do país, destacando episódios divulgados na mídia de crianças que foram abusadas sexualmente e engravidaram.