O bloqueio de parentes de policiais militares do Rio de Janeiro em frente a alguns batalhões continua pelo quarto dia seguido, nesta segunda-feira (13). O protesto começou na última sexta-feira (11), quando os parentes, principalmente mulheres, impediam a entrada e saída de viaturas de diversos batalhões do estado. Os manifestantes pedem por melhores condições de trabalho para os PMs, pelo pagamento do 13º salário e pelo regime adicional de serviço (RAS).
A Polícia Militar informou que familiares de PMs se concentravam na porta de 29 dos 100 batalhões do Estado do Rio, até o fim da tarde de domingo (12). Segundo a PM, os batalhões que estão apresentando deficiência no efetivo recebem apoio de outras unidades.
No domingo (12), o bloqueio no 19º Batalhão, em Copacabana, Zona Sul do Rio, terminou, mas parentes voltaram na manhã desta segunda-feira. Pelas redes sociais, a PM reforça a informação de que o patrulhamento é normal em vários pontos da cidade.
Na Tijuca, Zona Norte do Rio, as mulheres e parentes dos policiais militares continuavam fazendo protesto na porta do Batalhão. No domingo, pela manhã, eram seis manifestantantes que se revezavam desde sexta à noite.
A troca dos turnos e das equipes está sendo feita em pontos estratégicos, na rua mesmo e o comando da unidade diz que o policiamento na região não foi prejudicado.
No sábado (11), a cúpula da Polícia Militar afirmou que 97% do efetivo da corporação estava nas ruas fazendo patrulhamento, apesar dos protestos.
Reunião entre comando da PM do RJ e parentes terminou sem acordo
Parentes de policiais se reuniram na tarde de sábado (11) com integrantes do Comando-Geral da Polícia Militar no Quartel General da corporação, no Centro do Rio de Janeiro. O objetivo era buscar saídas para o fim de protestos nas portas de batalhões do estado, que tiveram início nesta sexta-feira (10), mas a reunião terminou sem acordo.
Segundo informações da PM, tanto o comandante-geral, coronel Wolney Dias, quanto o chefe de Estado-Maior Operacional, coronel Cláudio Lima Freire, se reuniram com os familiares dos policiais e ouviram as reivindicações do grupo. Entre elas, pagamento do 13º salário de 2016, do RAS Olímpico (adicional) e das metas atrasadas, além de outras questões.
Ainda de acordo com a corporação, o coronel Wolney Dias "se apresentou como o interlocutor formal com o governo do estado e se comprometeu a estudar a viabilidade das reivindicações que competem à Polícia Militar, tais como escalas, melhores condições de trabalho e atendimento médico". No fim, ficou acertado que será agendada uma nova reunião com a presença de um representante do governo.
Fonte: G1