Os mandantes do assassinato do advogado José Antônio da Silva foram presos na manhã deste sábado (27), durante a Operação Procuração Fatal, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso. Três integrantes de uma mesma família — uma mulher, seu filho e sua neta — são apontados como autores intelectuais do crime, ocorrido em 26 de junho, em Nova Ubiratã. A motivação seria uma dívida milionária de honorários advocatícios que a vítima cobrava judicialmente dos suspeitos.
A investigação revelou que os mandantes acreditavam que, com a morte do advogado, estariam livres da obrigação de pagamento, já que supunham que ele não teria herdeiros. Dias antes do crime, José Antônio chegou a relatar a familiares, por meio de áudios, que vinha sofrendo ameaças, mas reafirmou que não desistiria dos processos que movia. Ele foi encontrado morto com um disparo na cabeça em sua residência, o que causou comoção entre a população e a comunidade jurídica.
Além dos três presos, um quarto suspeito, identificado como um dos executores do homicídio, é alvo de mandado de prisão, mas ainda não foi localizado e segue foragido. As ordens judiciais foram expedidas pela Comarca de Nova Ubiratã e cumpridas com apoio de policiais civis nas cidades de Sorriso, Nobres e Tangará da Serra. A operação também incluiu mandados de busca e apreensão para reunir provas complementares.
Segundo o delegado João Lucas Wanick, responsável pelo caso, a operação representa um avanço no combate aos crimes por encomenda no estado e reforça o compromisso das instituições com a proteção ao exercício da advocacia. A Polícia Civil agora trabalha para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos no planejamento e execução do assassinato.