O conselheiro Guilherme Maluf foi empossado presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) nesta segunda-feira (16) com o discurso de aproximação do órgão às prefeituras. A demanda considerada municipalista é vista como um dos pontos fracos do tribunal como auxiliar no planejamento fiscal. Maluf exercerá a função até 2021.
“Uma das nossas missões é nos aproximar das instituições, dos municípios, para que a gente possa desenvolver um bom papel. O Tribunal de Contas pode contribuir muito com o Poder legislativo, nosso quadro é um quadro com muitos colaboradores excepcional”.
A incoerência do tribunal quanto ao julgamento de contas de prefeituras ressoa em caso recente, as contas de 2018 do governo de Pedro Taques. A relatora do processo no Legislativo, deputada Janaína Riva (MDB), diz que o TCE já condenou prefeitos por erros semelhantes aos contidos nas contas de Taques, a quem o tribunal deu parecer favorável.
O novo presidente diz ver evolução na avaliação técnica do conselho e citou seus antecedentes como exemplo da construção da modificação. “Nas últimas décadas, graças ao trabalho de seu corpo técnico, dos conselheiros titulares e interinos e dos presidentes que me antecederam – Gonçalo Domingos de Campos Neto, Antônio Joaquim, Valter Albano, José Carlos Novelli e Valdir Teis – o TCE-MT aprimorou a função planejamento”.
Além da aproximação aos entidades estaduais, Maluf disse que investirá na modernização de TCE para uso de inteligência artificial.
Também foram empossados o conselheiro Gonçalo Domingos de Campos Neto como vice-presidente e o conselheiro interino Moises Maciel como corregedor-geral para o mesmo período.
Guilherme Maluf é conselheiro com menos tempo de tribunal a assumir o cargo de presidente, por coincidência com o afastamento de cinco conselheiros titulares por determinação judicial. Ele assumiu o cargo de componente titular do pleno em 1º de março de 2019, por indicação da Assembleia Legislativa, num processo conturbado por questionamentos sobre a vida na política dele.