Iraquiano desembarca de um bote após cruzar o mar da costa da Turquia até uma praia de Lesbos, ilha da Grécia, com outros refugiados e migrantes. Milhares de pessoas seguem chegando à Europa, em fuga dos conflitos no oriente Médio (Foto: Santo Palacios/AP)
Mais de um milhão de migrantes chegaram por via marítima à Europa em 2015, segundo cifras publicadas nesta quarta-feira (30), em Genebra, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
No total, 1.000.573 migrantes chegaram à Europa por mar em lanchas e barcos e 3.735 morreram durante a travessia.
Destes, 84% são oriundos de dez países, a maioria deles afetados pela violência.
Os migrantes sírios são os mais numerosos, com 49% do total, seguidos dos afegãos (21%) e iraquianos (8%).
Em seguida, figuram Eritreia, Paquistão, Nigéria, Somália, Sudão, Gâmbia e Mali.
No total, 844.176 migrantes desembarcaram na Grécia, 152.700 na Itália e 105 em Malta.
Por fim, 58% dos migrantes são homens, 17% mulheres e 25% crianças, segundo o Acnur.
Fronteiras
A grande parte dos migrantes e refugiados que busca abrigo na Europa chega à Grécia e à Itália. A imensa maioria deles não fica nos países de chegada. Seu objetivo é seguir para os países mais ricos do centro e norte da Europa, como a Alemanha e a Suécia, onde tentam conseguir asilo.
O trânsito dessas pessoas pelas fronteiras europeias gerou uma crise humanitária que já se tornou a maior no continente em duas décadas. Os refugiados viajam em condições precárias e chegam na maioria das vezes famintos, doentes e exaustos.
Apesar disso, alguns países têm se recusado a auxiliar os demandantes e começaram a construir barreiras em suas fronteiras (e em alguns casos até mesmo fechá-las temporariamente) para impedir essa passagem e controlar o fluxo, como Croácia, Hungria e Eslovênia.
Fonte: G1