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Mais de 80 pessoas morreram afogadas em Mato Grosso neste ano

 
Segundo levantamento dos bombeiros, houve uma diminuição no número de vítimas na região da capital mato-grossense e na 'Baixada Cuiabana'. Em todo o ano de 2012 foram registrados 29 casos nessas regiões. A principal orientação da corporação é priorizar a segurança de adultos e, consequentemente de crianças. Isso vale sempre que as pessoas tiveram contato com água, independente do local.
 
Em entrevista ao G1, o tenente coronel Ricardo Antônio Bezerra Costa, comandante do 1º Comando Regional, diz que as principais ocorrências envolvem pessoas que tinham ingerido álcool ou que não conheciam o local onde estavam. O comando atende Cuiabá e outros 12 municípios da região.
 
A área metropolitana de Cuiabá possui 4.910 metros de praias que são frequentadas por um público maior entre os meses de julho e outubro.
 
“As pessoas costumam a não respeitar os próprios limites. Numa ingestão de álcool a pessoa compromete a própria segurança e o de crianças que estavam próximas, pois ela se torna incapaz de cuidar de outro. E o afogamento é uma consequência de um momento de lazer em que não se teve segurança ou responsabilidade”, disse.
 
Segundo os bombeiros, todas as crianças tem que estar acompanhadas e supervisionadas por algum adulto. Além disso, as crianças devem usar boias de segurança nos braços ou na cintura. “Podem ocorrer momentos de distração e podem acontecer fatalidades, mas as pessoas têm que ser mais responsáveis”, completou.
 
Dos 11 meses em todo o estado, o maior número de casos foi registrado no segundo semestre do ano, justamente no período de seca ou férias escolares: 18 afogamentos em julho, seis em agosto, 10 em setembro, 11 em outubro e 12 em novembro.
 
Ao ver uma pessoa se afogando, a prioridade e orientação é que a vítima seja retirada da água. “Se [a vítima] for uma criança fica mais fácil de tirar da água. Quem tiver técnica ou conhecimento de primeiros socorros pode tentar verificar sinais vitais ou tentar salvamento. Se for um adulto as pessoas que estiverem próximas podem orientá-lo, procurar um objeto flutuante”, comentou o coronel.
 
Residências, condomínios e clubes também tiveram casos de vítimas de afogamento, a maioria crianças. Por segurança os bombeiros alertam para que as piscinas tenham grades de segurança ou que as crianças sejam acompanhadas.
 
Outro ponto importante é acionar imediatamente o socorro, como Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou os bombeiros. “O fundamental é ter a segurança. A maioria desses poderia ter sido evitada”, concluiu.
 
G1

Redação

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