Nacional

Mais de 50 são detidos com ato de vandalismo

A primeira manifestação convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste das tarifas de ônibus, trens e metrô para R$ 3,50 terminou em tumulto na noite desta sexta-feira (9) na Rua da Consolação, no Centro de São Paulo. Ao menos três agências bancárias e duas concessionárias de veículos foram depredadas. Até as 21h30, a Polícia Militar confirmava 51 detidos.

A concentração do ato começou pacífica por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal. Os participantes votaram o trajeto da passeata e definiram que seguiriam pela Praça da República e Rua da Consolação para chegar até a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista.
Em nota no Facebook, o movimento diz ter reunido 30 mil manifestantes ao longo da manifestação. A Polícia Militar afirma que 2 mil pessoas participavam do ato às 18h30.

O ato prosseguiu, mas mascarados que estavam perto da Avenida Paulista jogaram lixo e chutaram portas de lojas. A PM usou bombas de efeito moral para dispersar os grupos. Algumas pessoas correram por ruas que cruzam a Rua da Consolação e praticaram atos de vandalismo na região.

Três agências bancárias tiveram vidros e caixas eletrônicos quebrados: uma do Santander na Rua da Consolação, outra do mesmo banco na Avenida Angélica e uma do Banco do Brasil também na Avenida Angélica. Uma concessionária da Toyota e outra da Kia Motors tiveram vidros quebrados na Rua Matias Aires, na esquina com Rua Augusta. Barricadas com lixo queimado foram usadas para bloquear trechos da Avenida Angélica e da Rua Haddock Lobo.

O tumulto começou por volta das 19h20 e se estendeu por mais de uma hora. Por volta das 20h50, cerca de 200 manifestantes encerram o ato perto da esquina da Rua da Consolação com a Avenida Paulista. Eles combinaram a realização de outro protesto na próxima semana.

O Movimento Passe Livre (MPL) afirmou, em nota, que a PM reprimiu violentamente a manifestação. "(A PM) lançou bombas de gás, bombas de estilhaço mutilante e atirou com balas de borracha para impedir que a marcha chegasse à Av. Paulista", diz o grupo. O MPL não aponta agressões contra a PM ou atos de vandalismo. O movimento diz que a prisão de manifestantes foi "repressão brutal".

Também em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) rebateu o MPL. "As imagens da imprensa e da própria corporação deixam claro que as agressões partiram de vândalos. Por isso, foi necessário o uso de técnicas de dispersão para conter estas práticas criminosas, com a prisão e detenção, até o momento, de cerca de 50 pessoas.", afirma a SSP.

"A PM lembra que mais de uma vez convidou o MPL para participar das reuniões preparatórias do esquema de segurança da manifestação realizada nesta sexta-feira. Infelizmente, os integrantes do MPL não compareceram."

Histórico de mobilizações
O MPL iniciou as manifestações que tomaram o país em junho de 2013. À época, o objetivo era impedir o aumento de 20 centavos nos ônibus, trens e Metrô de São Paulo. O protesto desta sexta-feira é novamente contra o aumento das tarifas do transporte público, que subiram de R$ 3 para R$ 3,50 no início deste ano.

A Prefeitura e o governo de São Paulo disseram que a tarifa não era reajustada desde 2011 e que o aumento agora foi abaixo da inflação. A Prefeitura afirmou ainda que implantou o passe livre para estudantes de baixa renda. Também em nota, o governo do estado informou que manifestações pacíficas e democráticas devem ser asseguradas e respeitadas, assim como o direito de ir e vir dos cidadãos e a preservação do patrimônio público.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus