Além disso, as autoridades estrangeiras identificaram o aumento de casos de hepatite A e leishmaniose. A crise na Síria completa dois anos em março e foi provocada pela disputa de poder entre o governo do presidente Bashar Al Assad e a oposição.
O porta-voz do Escritório de Ajuda Humanitária da ONU (Ocha), Jens Laerke, disse que a tendência é que a crise na Síria fique ainda mais acirrada. “As organizações lutam para tentar ajudar mais pessoas, mas a falta de acesso continua a ser o maior obstáculo”, disse. “Precisamos chegar a mais pessoas, tanto nas áreas controladas pelo governo quanto naquelas sob o comando da oposição e, muito importante, nas áreas onde ocorrem as hostilidades.”
A porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM), Elisabeth Byrs, disse que há áreas “cujo controle muda constantemente” e que entre 40% e 45% das áreas onde a organização consegue trabalhar estão sob o comando da oposição.
Apesar da persistente dificuldade para chegar aos civis encurralados pelo conflito, o PAM anunciou que aumentará a ajuda alimentar no país, passando de 1,5 milhão de pessoas atendidas em janeiro para 2,5 milhões, em abril.
A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Síria, Elisabeth Hoff, disse estar preocupada com a destruição dos sistemas de água e de saneamento básico, pois isso aumenta a ameaça de epidemias. Os serviços sanitários identificaram casos de hepatite A e de leishmaniose.
A Síria enfrenta uma série de atos de violência desde março de 2011, quando começou um movimento de contestação ao regime de Assad. Desde então, já morreram mais de 60 mil pessoas, de acordo com a ONU.
Fonte: Jornal do Brasil | Agência Brasil