Ulisses Lalio redação / Airton Marques da AL
No início da tarde (14h) desta sexta-feira, a Assembleia Legislativa foi "tomada" por mais de 100 manifestantes e um princípio de confusão teve inicio no local. Até a tropa de choque da Polícia Militar foi acionada para conter os mais exaltados na Assembléia Legislativa. A manifestação é contra o presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que lidera a proposta de reforma política que tramita no congresso e é autor de projetos de leis como o "Dia do Orgulho Hétero" e a "Lei da Heterofobia".
Na Assembleia, as pessoas que participavam do protesto foram impedidas de entrar no auditório onde é realizada a sessão plenária. Vários representantes políticos participam do evento, como o prefeito Mauro Mendes (PSB), o secretário da Casa Cívil do Governo, Paulo Taques e alguns deputados federais.
A visita faz parte do projeto "Câmara Itinerante", que tem discutido as reformas políticas e o pacto federativo com parlamentares estaduais e a população em todo o Brasil. Mais de 100 cidadãos estão no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso participando da discussão.
Os manifestantes são de diversas áreas da sociedade como coletivos, sindicatos e partidos. Eles se organizaram por meio de reuniãos e chamaram à população por meio das redes sociais. O ato começou cedo para receber o deputado federal, houve muita vaia e xingamentos.
Entenda
A visita já estava causando tumulto antes mesmo da chegada do presidente. Nas redes sociais, o ato “Fora Cunha” estava sendo articulado e mais de 200 participantes confirmaram presença.
Segundo o representante do Coletivo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) Manicongo, João Gama, a proposta da manifestação é abrir uma discussão política com a população sobre a política conservadora do presidente. “Eduardo cunha é representante de uma política bastante retrógada que viola direito de trabalhadoras, trabalhadores e minorias. O convite vem para pessoas que não concordam com os diversos projetos que ele faz e apoia. Para que todos possam se manifestar e se expressar, afirma Gama.
Nas últimas semanas, Eduardo Cunha foi alvo de protestos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraíba e Rio Grande do Norte. No dia 27 de março, o presidente da Câmara foi recebido com vaias e beijo gay na Assembleia de São Paulo.
Última atualização as 16h. Veja vídeo dos manifestantes.