A maioria das bolsas da Europa fechou em queda nesta sexta-feira, 11. Elas foram pressionadas pela nova ofensiva da China na guerra comercial. A decisão de Pequim de elevar tarifas de 84% para 125% sobre importações norte-americanas esfriou o apetite por risco. Pela manhã, o anúncio de uma suspensão temporária das contramedidas tarifárias pela União Europeia na quinta-feira chegou a sustentar os índices, mas o impacto foi ofuscado pela retaliação chinesa.
Em Paris, o CAC 40 caiu 0,30%, para 7.104,80 pontos. Em Madri, o Ibex 35 recuou 0,18%, aos 12.286,00 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, perdeu 0,73%, para 34.027,83 pontos, e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, caiu 0,92%, a 20.374,10 pontos.
Na contramão, o FTSE 100, de Londres, subiu 0,64%, aos 7.964,18 pontos, após dados melhores que o esperado da produção industrial britânica em fevereiro. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 1,81%, para 6.520,48 pontos, em movimento de recuperação, segundo analistas. Os números ainda são preliminares.
Na semana, o FTSE 100 perdeu 1,13%; o DAX e o CAC40 caíram 1,30% e 2,34%, respectivamente; FTSE MIB teve baixa de 1,79% e o PSI 20, de 1,74%. O Ibex 35 computou recuo de 1,1% na semana.
O contra-ataque chinês veio após Washington elevar as tarifas totais para 145%. Pequim, porém, afirmou que novas medidas seriam “uma piada na história da economia mundial”. Já o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, alertou que o risco de recessão agora é de 50%, tanto nos EUA quanto no cenário global.
Após aceno na quinta da União Europeia para atenuar medidas contra aos EUA, o chefe de Comércio do bloco, Maros Sefcovic, se reunirá com autoridades dos EUA em Washington na próxima segunda-feira (14).
Na Alemanha, a inflação ao consumidor (CPI) desacelerou levemente em março, para 2,2% em base anual. Entre os componentes do DAX, a MTU Aero Engines respondeu pela maior queda porcentual, de 5,8%, seguida pela Siemens (-3,35%). Fora do índice, a Schott Pharma, fabricante de ampolas, seringas, frascos e outros produtos, disparou 11%.