Política

Magistrada “linha dura” pede aposentadoria e poderá sair candidata

Conhecida por sentenciar diversos políticos acusados de crimes, a juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, protocolou pedido de aposentadoria no Tribunal de Justiça nesta quinta-feira (22). Especulações giram em torno de possível candidatura para eleições de 2018, que ainda não foi confirmada pela magistrada.

A aposentadoria, segundo a magistrada, já era aguardada pela família desde 2016, quando Selma Arruda completou tempo de serviço. Apesar disso, a medida foi adiada em razão de processos em andamento. A decisão de entregar o requerimento nesta terça-feira, no entanto, se deu em razão das eleições de outubro, conforme a juíza.

Mesmo cogitando a candidatura, Selma Arruda afirma que ainda não optou por se filiar a partido A ou B, embora já tenha sido procurada por políticos. Segundo ela, é necessário encontrar um palanque limpo, que não trabalhe com caixa dois, pessoas delatadas ou que respondam processos em sua própria vara. A magistrada ainda tem algumas semanas para se filiar a um partido político e disputar eleições.

Aposentadoria

O pedido foi entregue ao Tribunal de Justiça nesta quinta-feira (22), e ainda deve passar por certos trâmites até ser homologado pelo presidente da instituição, desembargador Rui Ramos. Não há regulamentação que defina prazo para finalização do processo.

Selma Arruda ficou conhecida por adotar “linha dura” frente a políticos mato-grossenses acusados de crimes. Comparada à Sérgio Moro, juiz federal responsável por ações da Operação Lava Jato, a magistrada também sentenciou à prisão o ex-governador Silval Barbosa e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva. Desde então, sempre foi cogitada a entrar na política.

Caso a magistrada não dispute a eleição, ela pensa em trabalhar com compliance público ou privado. "É uma área que gosto”, comentou.

Redação

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