Política

Maggi cobra Aeronáutica por informação falsa de avião com drogas

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pediu que a Aeronáutica puna o responsável por divulgar a informação de que um avião interceptado com 500 toneladas de cocaína, no final de junho, decolara de uma de suas fazendas. Segundo o ministro, a Aeronáutica não se preocupou em checar o dado fornecido pelo piloto antes de divulgar a informação. Foi a Polícia Federal quem desmentiu a informação. Maggi diz que o episódio causou danos a ele e suas empresas.

Entenda o caso

O piloto do avião interceptado no dia 25 de junho, pela Força Aérea Brasileira (FAB), no município de Jussara (GO), disse que decolou da Fazenda Itamarati Norte, no município de Campo Novo do Parecis (MT). A fazenda é de propriedade do grupo Amaggi, da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. 

De acordo com a Aeronáutica, o local exato da decolagem será investigado.

"O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica esclarece que as informações sobre o local de decolagem da aeronave, matrícula PT-IIJ, interceptada no domingo (25/06), foram fornecidas pelo próprio piloto durante a aplicação das medidas de policiamento do espaço aéreo. A confirmação do local exato da decolagem fará parte da investigação conduzida pela autoridade policial", diz comunicado da FAB.

Em nota, o grupo Amaggi explicou que o "local exato da decolagem da aeronave interceptada ainda será objeto da devida investigação, uma vez que a procedência divulgada até então foi apenas declarada pelo piloto durante abordagem do policiamento áereo".

A empresa negou qualquer ligação com a aeronave e não emitiu autorização para pouso ou decolagem em uma das pistas. A Fazenda Itamarati tem 11 pistas, conforme o grupo, autorizadas para pousos eventuais, usadas para operação de aviões agrícolas, e que não demandam vigilância permanente.

Interceptação

O bimotor foi interceptado por um avião A-29 Super Tucano da FAB, como parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto Polícia Federal e órgãos de segurança pública. De acordo com a Aeronáutica, o avião tinha como destino a cidade de Santo Antonio Leverger (MT). 

A Polícia Militar (PM) de Goiás informou que o avião interceptado  levava 653,1 quilos de cocaína. A informação inicial era de cerca de 500 quilos de cocaína. Segundo a corporação, foi a maior apreensão da droga no estado. O volume foi avaliado em R$ 13 milhões e, após o refino, poderia quintuplicar a quantidade inicial.

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Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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