Segundo o marido da avó da vítima, um ajudante de produção, quando a estudante ainda estava no quinto mês de gestação de Gabriel uma mulher apareceu e se apresentou como integrante de uma organização não governamental (ONG) que apoia adolescentes grávidas. “Ela disse que ia ajudar e ganhou a confiança da menina”, contou o homem que não quis se identificar.
Na terça, a suspeita disse à mãe do bebê que tinha conseguido uma consulta médica para a criança, que sofre de problemas de coração, em Americana (SP), mas a avó, de 34 anos, desconfiou e foi junto, segundo o ajudante. “Meu filho de nove anos também estava com elas e contou que a mulher falava o tempo todo ao celular em uma língua estrangeira”, disse.
Quando chegaram a Americana, porém, a suspeita disse que a consulta teria que ser desmarcada, mas que pagaria um lanche para a adolescente. “Minha esposa tinha que trabalhar, então, sugeriu que elas fossem comer no shopping Tivoli, onde trabalha, pois poderia 'ficar de olho’ nelas”, disse o marido.
Ainda segundo o ajudante, a suspeita teria aproveitado um momento de descuido e colocado alguma substância no suco da mãe do bebê. Ela também deu dinheiro ao menino de nove anos para que fosse ao fliperama. “Foi nessa hora que a mulher roubou o bebê. Minha esposa disse que a filha dela começou a passar mal e, quando viram, a criança tinha sumido”, contou ao G1.
De acordo com a descrição da avó da criança, a suspeita tem cerca de 1,75 metro de altura e usava peruca preta e lentes de contato verdes. Segundo a avó, ela dizia que tinha câncer e, por isso, optava pela peruca.
A mãe do bebê foi levada ao pronto-socorro Afonso Ramos, em Santa Bárbara, e até a manhã desta quarta-feira (21) ainda sentia efeitos da "droga" na bebida, segundo o ajudante. A polícia ainda não sabe que substância foi utilizada. "O trabalho foi profissional. Provavelmente a criança vai ser vendida. A polícia tem que agir rápido para que essa mulher não pegue um avião e suma de uma vez", alertou.
Ainda de acordo com o ajudante, a suspeita teria sido vista por testemunhas saindo do estabelecimento pela porta da frente com o bebê no colo. Ele disse ainda que o circuito interno do shopping registrou o momento do roubo.
O Tivoli Shopping, por meio de assessoria de imprensa, informou que não é possível identificar a suspeita do crime. A mulher, segundo o shopping, andou o tempo todo com a cabeça abaixada no local. A nota do centro de compras disse ainda que a sua equipe apura os fatos, mas que não irá ceder as imagens para a imprensa para não atrapalhar as investigações. O vídeo foi cedido apenas para a polícia.
G1