"Nunca achei que poderia engravidar naturalmente", disse a psicóloga Layane Cedraz, 31 anos, que está grávida de uma menina, seu sexto filho. Ela já é mãe de cinco meninos, dos quadrigêmeos Yure, Enzo, Ianic e Luigi, que nasceram em 2013 e Rafic, filho mais velho, que tem seis anos.
Os filhos dela foram concebidos a partir de fertilização in vitro. Apenas a atual gestação é natural. Segundo conta, após o nascimento dos quadrigêmeos, ela e o marido não utilizavam qualquer método contraceptivo pensando que seria impossível engravidar naturalmente.
"Tenho uma trompa obstruída, endometriose, não tenho ciclo menstrual e nunca pensei que poderia engravidar naturalmente. Só descobri a gravidez com cerca de quatro semanas porque fiquei me sentindo cansada, tinha mal-estar, sentia um sono inexplicável e ficava pensando: 'minha menstruação quando vier vai me derrubar'", relata Layane.
Mesmo com cinco filhos, a psicóloga conta que permanecia com o sonho de ser mãe de uma menina. Ela e marido pensavam em adoção, mas não por enquanto. "A gente pensava em adotar, mas só daqui a uns cinco anos quando os meninos estivessem maiores. Não esperava. Estou anestesiada até agora, confesso que ainda estou processando tudo. Porque, por mais que em meu coração desejasse, eu não acreditava", revela.
Layane explica que comprou um teste de farmácia para tirar a dúvidas sobre o mal-estar que sentia, mas ainda não acreditava na possibilidade da gravidez.
"Comprei o teste de farmácia sem avisar a ninguém. Fiquei com medo de fazer, deixei para o dia seguinte, depois do Natal. Meu sonho era enxergar as duas listinhas do teste. Quando fiz e confirmou, comecei a chorar, acordei meu marido desesperadamente. Ele me acalmou, disse que a gente ia confirmar o exame em um laboratório e que o bebê 'é o presente de Deus para nossas vidas'. Eu não sabia de quanto tempo eu estava grávida, aí depois do exame no laboratório, descobri que estava com quase quatro semanas", conta.
Quando anunciou a gravidez, ela disse que esperou o tempo determinado pelo exame para descobrir o sexo do bebê e ficou sabendo que seria uma menina. Ela conta ainda que o filho mais velho, Rafic, disse a ela que sonhou que teria uma irmãzinha. "Ele disse: 'eu vou pedir a papai do céu uma irmãzinha', então, quando descobri fiquei desesperada para dor notícia para dar para ele', conta Layne sobre a expectativa de revelar o sexo do bebê para o filho mais velho.
Mesmo com a felicidade de realizar o sonho de estar grávida de uma menina, Layne diz que está em êxtase e não consegue "processar a novidade". Por enquanto, ela está aproveitando a fase dos filhos menores que foram para a escola a primeira vez este ano.
"Ainda estou curtindo os primeiros dias de aula dos meninos, de arrumar a mochila, comprar os materiais, essas coisas. Aos poucos vou me acostumando com a novidade", fala em tom de brincadeira.
Agora com oito semanas de gravidez, a mãe de Melissa, como vai se chamar a caçula da família Cedraz, já ganhou divesos presentes para a nova integrante da casa, que está prevista para chegar no mês de agosto. Até os padrinhos de Melissa já foram escolhidos.
Layne disse que a filha deve nascer em Feira de Santana, cidade onde mora, pois fica difícil ter o bebê em Salvador, distante 100 km, pois seria necessário levar os quadrigêmeos para a capital baiana. Ela já está decidida a fazer parto cesárea.
"Quando tivemos os meninos [quadrigêmeos] alugamos um apartamento próximo ao hospital e levamos Rafic, mas hoje não temos como levar cinco e mudar toda estrutura da minha casa aqui para lá [Salvador]", explica.
Curiosidades da família
Layane e os quadrigêmeos fazem aniversário no mesmo dia, 10 de maio. Yure é descrito pela mamãe como o mais simpático e intenso; Enzo é o mais observador e impaciente; Ianic, o mais traquino e invocado e Luigi o mais gordinho e ciumento. Todos completam dois anos de vida em 2015.
Com a chegada dos meninos, Layane, que morava em Aracaju, no estado de Sergipe, teve que se mudar para Feira de Santana, na Bahia, para ficar perto dos familiares. Para cuidar de todos os meninos, ela passa 24h com os bebês e conta ainda com o apoio de duas babás – antes eram três, mas com a entrada dos meninos na escola ela dispensou uma.
"Tive que deixar meu emprego e as contas de casa ficam todas com meu marido. Eu cuido dos meninos, nossa casa é pequena e precisei fazer um espaço pequeno para eles brincarem, porque não ia dar para eles ficarem brincando pela casa. Não consigo ver tudo que faço pelos meus filhos como trabalho, o amor que todos eles nos proporcionam nos deixam revitalizados e faz tudo valer a pena", conta.
Fonte: G1