Ação de combate ao mosquito da dengue no Morro Santa Marta, na Zona Sul do Rio (Foto: Divulgação )
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove a partir de segunda-feira (14) na região de Madureira, Zona Norte do Rio, um mutirão de atividades com objetivo de mobilizar a população para o combate ao mosquito Aedes aegypti que transmite a dengue, a zika e a chikungunya. Serão realizadas várias ações educativas e de mobilização para a localização e eliminação de focos do mosquito.
Segundo dados da secretaria, relativos ao período de 18 a 24 de outubro, a região de Madureira (Área de Planejamento 3.3, envolvendo 30 bairros) foi a que mais apresentou focos do Aedes aegypti no período. Em segundo lugar apareceu a região de Campo Grande, seguida de Grande Tijuca e Subúrbio da Leopoldina. As regiões que registraram menos focos do Aedes aegypti no período foram Centro, Zonal Sul e Santa Cruz, Sepetiba e Paciência.
Além das atividades de conscientização da população, a secretaria informa que também serão realizadas vistorias em residências em busca de possíveis focos do mosquito, além da apresentação de vídeos educativos reforçando um dos principais objetivos do evento: mobilizar os moradores da região para que vistoriem suas próprias casas e entendam que a responsabilidade pela prevenção contra o Aedes aegypti é de todos.
Dia D contra o mosquito
O Dia D de Combate ao Aedes aegypti acontece neste sábado (12), quando as secretarias municipais do Rio de Janeiro promovem ações de conscientização e combate aos focos do mosquito.
A convocação para a mobilização em todas as regiões do estado começou com a campanha “10 Minutos Salvam Vidas”, lançada pela Secretaria de Estado de Saúde, para reforçar o alerta às prefeituras e à população de que o desafio é ainda maior para a saúde pública, já que, além da dengue, o mosquito transmite também o zika vírus e o chikungunya.
No Rio, o Morro da Providência, no Centro, a secretaria municipal de Saúde promove uma caminhada e uma gincana em busca de lixo reciclável pelas ruas da comunidade, entre 8h30 e 17h. A concentração para as atividades será na Praça Américo Brum. Além das vistorias nas casas, haverá apresentação de vídeos educativos. Já em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, as ações acontecem na Praça Rui Barbosa, das 9h às 16h.
Focos em depósitos fixos
A Secretaria Municipal de Saúde registra também o tipo de local onde surgem os focos do mosquito. No período pesquisado, 32,9% dos focos foram encontrados em depósitos fixos como tanques em obras, borracharias e hortas, calhas, lajes e toldos em desníveis, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, fontes ornamentais, floreiras e vasos em cemitérios, cacos de vidro em muros e outras obras arquitetônicas.
Já 23,7% dos focos apareceram em depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico: tonel, tambor, barril, tina, depósitos de barro como filtros, moringas e potes, cisternas, caixas d'água, captação de água em poço, cacimba e cisterna.
O menor número de focos (2,4%) foi registrado em depósitos naturais como axilas de folhas como bromélias, buracos em árvores e em rochas, restos de animais como cascos e carapaças, entre outros. Segundo a secretaria, todos os focos encontrados foram tratados e extintos.
Até a segunda-feira (7) a secretaria havia registrado 16.537 casos de dengue no município do Rio em 2015, mais de seis vezes o número de ocorrências de 2014: 2.649. Mas os números de 2015 ficam muito abaixo de 2013, quando foram registrados 66.278 casos na cidade.
O boom da dengue na cidade foi em 2012, com 130.412 casos. No ano anterior, já prevendo a epidemia, o prefeito Eduardo Paes decretou estado de alerta no Rio por causa da doença.
Dicas para evitar os focos
Veja algumas dicas para evitar os focos do Aedes aegypti:
Cobrir caixas d’água, cisternas, poços e evitar entupimentos de calhas.
Vedar com cimento os cacos de vidro nos muros que podem acumular água.
Colocar em sacos plásticos, fechar e colocar no lixo copos descartáveis, embalagens, tampas, cascas de ovo e tudo que possa acumular água.
Não deixar pneus expostos ao tempo, nunca permitindo acúmulo de água dentro deles.
Usar cloro em piscinas, limpá-las com frequência e cobri-las quando não estiverem em uso.
Limpar as bandejas externas das geladeiras e ar-condicionado.
Esvaziar garrafas, latas e baldes. Guardá-los em local coberto.
Guardar garrafas pet e de vidro sempre com a boca para baixo. Guardá-las em local coberto.
Lavar semanalmente, com bucha, sabão e água corrente, os vasilhames de alimentação de animais.
Lavar os pratinhos dos vasos de plantas e colocar areia até a borda. Evitar plantas como as bromélias, que acumulam água.
Fonte: G1