Política

Macron está surfando nas cinzas da Amazônia, diz Mauro Mendes

O governador Mauro Mendes voltou a criticar a postura de Países europeus sobre as queimadas na floresta amazônica, citando a relação de concorrência no mercado internacional com o agronegócio brasileiro. Hoje (27), em Brasília, ele disse que o presidente da França, Emmanuel Macron, está “surfando nas cinzas da Amazônia”, com seu apelo pela interferência de outros Países no combate aos incêndios.

“O senhor Macron, que é um concorrente dos nossos produtos no agro, está surfando nas cinzas da Amazônia, mas, na verdade, não está preocupado com o nosso meio ambiente. Ele veio com esta conversa na mídia internacional para criar barreiras verdes, ligadas a esta questão de um possível comportamento não adequado aqui no nosso País”.

Mauro Mendes participou de reunião com o presidente Jair Bolsonaro, hoje pela manhã, junto com representantes de outros Estados, cujos territórios compõem a floresta amazônica. A reunião ocorreu em caráter emergencial para discutir a situação das queimadas, que há uma semana é notícia internacional por causa do crescimento alarmante.

Ontem (26), em entrevista à rádio CBN de São Paulo, ele disse que Países concorrentes do Brasil, e de Mato Grosso por consequente, poderiam patrocinar embargos às commodities brasileiras utilizando do argumento de quebra acordos de sustentabilidade ambiental. Os tais patrocínios seriam estratégia em decorrência de embargos oficiais de clientes. Ele pediu blindagem contra a eventual situação.

“O risco da imagem ambiental é forte, muito forte. Na semana passada foi ventilado algum tipo de embargo à carne brasileira, e os concorrentes internacionais do agronegócio brasileiro, vendo essa realidade, podem, além dos embargos oficiais, patrocinar nas redes sociais, embargos propondo às comunidades que não adquiram carne do agro brasileiro”.

Recursos e comunicação

O governador Mauro Mendes defendeu que os Estados do programa Amazônia Legal recebam recursos para aplicação nos serviços de combate ao desmatamento e às queimadas. Ele diz que por conhecer a realidade local, o trabalho de eliminação dos focos e também no combate aos incêndios seriam facilitados.

E unindo a questão global aos estaduais no Brasil, disse haver necessidade de construção de uma comunicação eficiente para enfrentar situações de crise. “Precisamos ter foco e aperfeiçoar a comunicação com o Brasil e com o mundo. Precisamos combater o desmatamento ilegal, porque temos a certeza de que ninguém aqui coaduna com a atividade ilegal”.

Conforme o governador, até o momento, Mato Grosso não recebeu recurso algum da União para aplicar nos serviços ambientais.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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