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Múcio sobre julgamento de Bolsonaro: ‘Lema das Forças Armadas é respeitar decisão da Justiça’

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta sexta-feira, 5, que as Forças Armadas devem respeitar a decisão do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. No banco dos réus, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), capitão da reserva, e outros militares, dos quais cinco de alta patente.

“O lema das Forças Armadas é respeitar a decisão da Justiça. Isso é um assunto da Justiça e da política. As Forças Armadas são diferentes, elas servem ao País. Nós estamos conscientes que tínhamos que passar por isso tudo e estamos serenos, esperamos o veredicto da Justiça, que será cumprido”, afirmou Múcio.

Sobre o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, cujos textos da oposição buscam incluir o perdão a Bolsonaro, Múcio evitou falar sobre o mérito da proposta, mas declarou que a “queda de braço entre Poderes não serve ao País”.

As declarações de Múcio foram dadas na saída do Palácio da Alvorada, onde ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almoçaram com comandantes e ex-comandantes das Forças Armadas. Segundo o ministro, Lula ficou “extremamente satisfeito” no diálogo com os militares.

No encontro, também foi discutido o planejamento do desfile de 7 de Setembro, que será realizado na manhã deste domingo, 7. Segundo Múcio, o planejamento será como os dos anos anteriores e prometeu uma “festa bonita na Esplanada”. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, estimou que 9.500 pessoas estão envolvidas na cerimônia.

Múcio também comentou sobre as recentes tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, que podem escalar em um conflito militar. O ministro disse que as Forças Armadas já haviam organizado manobras na região e que a presença militar vai evitar o Norte do País se torne uma “trincheira” na disputa entre Venezuela e EUA.

Ele ressaltou que os militares brasileiros não se mobilizam nem para ficar do lado dos venezuelanos nem dos americanos. “É como uma briga de vizinho. Eu não quero que eles mexam no meu muro e não troquem a fiação que acende a frente da minha casa. Torcemos para que passe. Evidentemente, eles devem ter os seus motivos”, declarou o ministro da Defesa.

Estadão Conteudo

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