Foto: Sampaio Ricci
O sergipano Weslle Pereira tem pela frente o combate mais importante da carreira. No próximo dia 19, o lutador irá medir forças com Cleiton Pereira, no XFCi 11, que será sediado no XFC International Center, em São Paulo. Sua estreia tem motivação dobrada, já que além de realizar o sonho de competir em um evento internacional, também pode espantar o momento conturbado recém vivido no esporte, no qual pensou até em abandonar a carreira pela falta de retorno financeiro e seguidas pequenas lesões.
“Meu sonho de assinar com um evento internacional se realizou. Agora quero ser campeão também, mas o primeiro passo era o mais difícil e foi dado.O XFC chegou numa fase que estava muito complicada para mim. Eu estava desanimando de lutar e pensando seriamente em desistir, foram lesões frequentes somadas à falta de apoio. E sem o retorno esperado qualquer esportista desanima. Achei que pudesse viver melhor com um emprego fixo”, explica Weslle aproveitando para agradecer, emocionado, à franquia.
“Sou muito grato ao XFC por ter me selecionado e me dado essa oportunidade. Era o que eu precisava para voltar a confiar no esporte. Não acredito em sorte e sim em mérito, acho que mereci e não vou desapontar os organizadores”, conclui.
Nascido em Poço Verde, cidade no interior do Sergipe, Weslle morou também na Bahia e em Rondônia antes de ir viver em Cuiabá, onde recebeu a primeira oportunidade para se tornar profissional no MMA aos 18 anos de idade, através do amigo Luiz Timão, que até hoje é seu treinador.
Hoje com 25 anos e integante da equipe Coliseum Training Center, Weslle já realizou oito lutas profissionais e obteve êxito em sete. Sua única derrota foi há três anos, por decisão dos juízes. O bom aproveitamento, segundo o próprio atleta, deve-se à forte ligação com o irmão, Wellington Pereira, de 30 anos, aos seus treinamentos cotidianos e ao clima florestal do Centro-Oeste brasileiro, intensificado no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
“Meu irmão foi minha inspiração desde o início. Comecei a treinar por vê-lo lutando muay thai e a nossa relação de irmãos, que é muito forte, é um dos fatores que me tornam mais forte. Junto com isso tem também os meus treinamentos, que sempre são muito puxados e essenciais para meu desenvolvimento durante uma luta. Gosto muito de ir à Chapada curtir a natureza, tomar banho de cachoeira, refletir e respirar ar puro. Acho que esse tipo de ambiente nos dá uma renovada para seguirmos adiante em tudo na vida”, declara Weslle Pereira.
Além da luta entre Weslle Pereira e Cleiton Pereira, o XFCi 11 abre a terceira temporada de torneios da franquia no Brasil e conta com outros nove combates. O principal será uma disputa de cinturão mundial peso-mosca (até 56,7kg) feminino, entre a brasileira Poliana Botelho e a argentina Silvana Juarez.
XFCi 11
Até 56,7kg: Poliana Botelho x Silvana Juarez – Disputa do cinturão mundial
Até 70,3kg: Fernando dos Santos x Willian Cili – Final do torneio peso-leve
Até 65,8kg: Missael Silva x Guilherme Faria – Final do torneio peso-pena
Até 52,2kg: Kate Da Silva (NZL) x Marilia Santos – Torneio
Até 52,2kg: Sheila Gaff (ALE) x Antonia Silvaneide Marretinha – Torneio
Até 70,3kg: Cleiton "Predador" Pereira x Weslle Pereira – Torneio
Até 56,7kg: Julia Borisova (RUS) x Ilara Joanne – Torneio
Até 70,3kg: Ezequiel Eyalarar (ARG) x Jefferson Rodrigues – Torneio
Até 56.7kg: Denis "Três Dedos" Oliveira x José Vagno Soares – Torneio
Até 56,7kg: Rogério Bontorin x Israel Silva Lima – Torneio