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Lupi diz que indicação do presidente do INSS é de sua ‘inteira responsabilidade’

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse nesta quarta-feira, 23, que a indicação de Alessandro Stefanutto para a presidência do INSS é de sua “inteira responsabilidade”, mas evitou falar se ele seria demitido. O ministro, no entanto, disse que terá de indicar um substituto enquanto Stefanutto está afastado, por decisão da Justiça.

“A indicação do doutor Stefanutto é de minha inteira responsabilidade. Ele é procurador da República, um servidor que, até o presente momento, tem me dado todas as demonstrações de ser exemplar. Fez parte do grupo de transição do governo. Vamos agora no processo, que corre em segredo de justiça, esperar as investigações que estão em curso”, disse Lupi em entrevista coletiva nesta quarta-feira ao lado dos ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Controladoria-Geral da União, Vinicius Carvalho, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Além de dizer que Stefanutto deu demonstrações de ser um servidor “exemplar”, Lupi ainda cobrou que seja garantido ao seu aliado o amplo direito de defesa.

“Vamos aguardar o desfecho do processo com os cuidados devidos, para garantir o amplo e total direito de defesa aos cidadãos, para que a gente não coloque essas pessoas para queimar em uma fogueira sem antes dar-lhes o direito de defesa e saber do que realmente estão sendo acusados. Como corre em segredo de justiça, eu não sei ainda”, declarou.

Questionado por jornalistas sobre qual seria a decisão a respeito dos servidores do INSS afastados, o ministro da Previdência disse que o governo pretende “punir exemplarmente qualquer cidadão que tenha cometido erros, malfeitos, crimes”, mas indicou que não pretende demitir o presidente do INSS até que as investigações terminem.

“Nosso papel, por orientação do presidente Lula diretamente dada a mim, é defender nossos aposentados. Por isso estamos agindo. Quanto à devolução, como disse o ministro Lewandowski, cada caso é um caso. Vamos aguardar o desfecho da operação para depois ver as atitudes cabíveis”, disse.

O ministro disse que não pode “tomar nenhum tipo de decisão sem o final da investigação” e que ainda “vai se apurar se teve algum tipo de participação desses diretores, foi um afastamento provisório determinado pela justiça”. Questionado diretamente se Stefanutto seria demitido, Lupi desviou, mas disse que nomearia alguém interinamente.

“Ele foi afastado pela justiça, enquanto isso terei de colocar, conversarei com o presidente Lula, alguém para responder. Alguém vai responder, porque não posso deixar acéfala a instituição. Alguém vai responder até a decisão final da justiça”, declarou.

Estadão Conteudo

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