O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou, nesta quarta-feira (25), os agentes da operação Lava-Jato pela morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, ocorrida em fevereiro.
Sobre um carro de som, cercado por apoiadores -sendo muitas senhoras-, Lula repetiu esse discurso no Vale do Jequitinhonha, em seu terceiro dia de caravana pelo interior de Minas Gerais.
Em Padre Paraíso, Lula afirmou ter certeza de que a "razão de apressar a morte dela foi esse sofrimento" causado pela operação Lava Jato.
Na vizinha Itaobim, reafirmou: "Revistaram a minha casa. São responsáveis pela morte da minha mulher. Não tenho direito de ficar com raiva. Vou vencê-los com esse meu jeitinho tranquilo, de homem maduro".
Sob intenso calor, Lula -que completa 72 anos nesta sexta-feira (27)- parou em cinco cidades em um percurso de pouco menos de 200 quilômetros, onde fez breves discursos. Em todos, criticou os ajustes praticados por Temer e prometeu dias melhores, caso seja eleito presidente.
Em Itinga, visitou a ponte construída em seu governo e entrevistou sobre um carro de som um balseiro, cuja história tem relatado ao longo da caravana.
Nos palanques, Lula conta que Geraldo Viera de Souza tinha um calombo provocado pelo esforço de condução das balsas.
Hoje, soube que Geraldo está aposentado. Após a conversa com o balseiro, Lula afirmou que voltará após as eleições para "mudar a história do país outra vez".
Em Itaobim, Lula foi recebido pelo prefeito tucano, Charles Vieira, que não quis comentar sua presença. "Meu partido é o PI, partido de Itinga", limitou-se.
Na cidade, foi hostilizado por simpatizantes de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que foram afastados pela PM.
Por duas vezes, o "mestre de cerimônia" pediu que puxassem parabéns para Lula afirmando que seu aniversário é nesta quinta-feira. Mas Lula aniversaria na sexta-feira. Ele pediu que não haja comemoração devido à morte da mulher.