O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a petistas que deseja ir a Porto Alegre na semana que vem, quando ocorrerá seu julgamento pelo TRF4. Segundo petistas, o mais provável é que Lula participe de ato na noite do dia 23 na capital gaúcha, véspera do julgamento. Mas não está descartada a possibilidade de estar no tribunal durante o julgamento.
Esse seria o desejo de Lula. Petistas, no entanto, temem que sua presença na cidade provoque transtornos.
Os interlocutores do ex-presidente discutem até como seria a logística de sua viagem à capital do Rio Grande do Sul, debatendo inclusive se Lula deveria ficar no tribunal até a conclusão do julgamento ou deixar antes a cidade.
No dia 25, Lula é esperado em ato em São Paulo que reafirmará sua candidatura, "independentemente do resultado", segundo Padilha.
Nesta quinta (18) o ex-presidente se reuniu com petistas, artistas e intelectuais em São Paulo, em evento em defesa de sua candidatura.
O TRF-4transmitirá ao vivo o julgamento da apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em transmissão por meio do canal da corte no Youtube.
Geralmente, os julgamentos das 7ª e 8ª turmas criminais não são transmitidos ou anexados aos processos eletrônicos para preservar a segurança dos magistrados e evitar a exposição dos réus. Em situações excepcionais, entretanto, os juízes podem decidir pela transmissão -como acontece, agora, no caso do ex-presidente.
O julgamento começará às 8h30 e não tem prazo para acabar, mas a assessoria do tribunal estima que termine por volta das 15h. Será reservada uma sala no prédio da corte para que autoridades e jornalistas credenciados acompanhem o julgamento por meio de telão. Na sala da sessão somente será permitida a entrada das partes envolvidas no processo e seus advogados.
Lula será julgado em segunda instância seis meses após ter sido condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Na ação, o petista é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras. O valor, apontou a acusação, se referia à cessão pela OAS do apartamento tríplex ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial.
O TRF-4 já informou que, caso condenado, Lula só poderá ser preso após a tramitação de todos os recursos. Em caso de condenação em segunda instância, o ex-presidente fica inelegível pela Lei da Ficha Limpa, mas pode se manter na disputa também por meio de recursos.