A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse em discurso no evento de ampliação da Refinaria Abreu e LIma (Rnest), em Pernambuco, que foi chamada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para “ajudar a empurrar o PIB desse País”.
“Aumentamos a produção do Brasil em 1 ano em 11%, mais 500 mil bpd. Esse aumento de 11% da produção (de petróleo) é um caso único no mundo”, afirmou Magda.
Ela destacou a produção do campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Campos, que já atingiu 1 milhão de barris de petróleo por dia (bpd) e que os planos são de chegar a 1,5 milhão bpd, “mais do que muito país por aí”, ressaltou. Ela lembrou que Búzios ultrapassou o campo de Tupi, até então o maior produtor do Brasil, e sinalizou que o campo poderia voltar a se chamar Lula, como foi no passado.
“Temos um único campo no mar que se tornou o maior campo do Brasil, ultrapassando o nosso campo antes Lula, agora Tupi, muito provavelmente Lula de novo, já já. Esse campo de Búzios, que a gente diz que já tem sete plataformas, muito provavelmente vai ter doze. E nesse campo, nós já estamos com ele produzindo um pouquinho mais de um milhão de barris por dia”, afirmou.
Segundo Magda, a empresa vai crescer “junto com o Brasil”, e até 2050 vai crescer 60%, não apenas com petróleo e gás natural, mas também com energia renovável.
Além do aumento da produção, Magda destacou o crescimento da capacidade de refino do País, que vai ser ainda mais impulsionada pela expansão do trem 1 e conclusão do segundo trem da Rnest, obra que foi interrompida em 2015 e agora está sendo retomada. A expectativa é de que a unidade esteja processando 260 mil bpd no primeiro semestre de 2029.
“Esperamos aumentar o refino em 400 mil bpd até 2030, e 260 mil bpd virá da Rnest”, explicou, informando que o trem 1 foi concluído este mês e agora as obras do segundo trem vão começar. “Para facilitar a participação de empresas brasileiras, dividimos a obra do segundo trem em sete pacotes”, disse, sobre a obra que ao todo vai custar R$ 12 bilhões.
Magda também anunciou que a estatal terá que ampliar suas operações no Porto de Suape já no final do ano que vem, quando, segundo ela, a Rnest estará processando 180 mil bpd de petróleo.
Além dos combustíveis fósseis, a executiva reafirmou o compromisso da Petrobras com a transição energética, começando pela substituição do gás natural por energias renováveis nas refinarias da companhia. Parte da energia que irá abastecer a Rnest será proveniente de energia solar, com a construção de uma usina solar de R$ 80 milhões e que vai gerar 12 megawatts (MW).
Como parte da busca de energia limpa, Magda afirmou que “está de olho nas ferrovias também, o que será importante para os próximos 72 anos da Petrobras”, avaliou.



