O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende manter o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD) à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária em 2025, contrariando articulações que envolvem o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A informação foi divulgada pela jornalista Tainá Falcão, da CNN Brasil, e indica que Lula tem assegurado a aliados sua satisfação com o trabalho de Fávaro.
De acordo com a reportagem, Lula acredita que a nomeação de Lira não garantiria ao governo um apoio majoritário do Agronegócio e da Frente Parlamentar da Agropecuária. Além disso, o petista avalia que Fávaro, apesar dos desafios, tem conseguido manter um bom relacionamento com o setor e a bancada ruralista, além de apresentar resultados positivos no ministério.
A decisão de Lula é interpretada por aliados de Lira como um freio às suas intenções de ingressar no governo, especialmente porque não há outra vaga de interesse disponível. Segundo a CNN Brasil, Lira não aceitaria um ministério de menor relevância, o que pode dificultar ainda mais a relação entre o governo e a Câmara, onde Lula enfrenta resistências.
A permanência de Fávaro também ganhou o apoio crucial do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que atuou para barrar a investida do PP sobre ministérios comandados pelo partido. No entanto, para tentar acalmar os ânimos e evitar que Lira reforce a oposição, integrantes do governo defendem uma reaproximação com o deputado alagoano.
Enquanto o impasse persiste, outro nome surge na possível reforma ministerial: o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em férias, Pacheco já teria manifestado interesse em conversar com Lula, visando uma futura candidatura ao governo de Minas Gerais. Caso haja mudanças, ele poderia ser alocado no Ministério da Indústria e Comércio, hoje sob comando de Geraldo Alckmin.