O deputado eleito Lúdio Cabral (PT) diz rejeitar postura de repulsão dentro da Assembleia Legislativa. Ele afirma que qualquer discurso de divisão antes da análise de fatos leva à perda de soma de forças para o encaminhamento de propostas.
“Sou contra qualquer discussão que tenha venha separar os deputados novos dos reeleitos. Não é por que não deputados de primeiro mandato que temos que adotar uma postura de exclusão”, pontua.
Reforçando sua oposição ao governo Mauro Mendes (DEM), ele afirma que sua postura inicial deve-se à participação em coligação partidária para a disputa das eleições e não a uma demarcação inflexível. “Fui eleito dentro de um grupo de oposição ao Mauro Mendes, então vou manter o meu papel de oposição. Mas, não é uma postura irresponsável, será sistemática e de propositura. Vou me posicionar conforme a apresentação das propostas e o andamento da gestão do governador eleito”.
O petista critica a fala do também deputado eleito Ulysses Moraes (DC) que busca articular um grupo para concorrer à presidência da Assembleia com discurso de confrontamento entre os “deputados novos” e os reeleitos. “É um direito dele de apresentar suas ideias, foi eleito com esse discurso. Mas, eu sou contra uma escolha de divisão dos deputados por novos ou não”.
Lúdio Cabral diz não ser avesso nem mesmo a eventual afinidade de postura com os candidatos do PSDB – Wilson Santos e Guilherme Maluf -, ao partido contra o qual o PT faz discurso de adversário enfatizado nos últimos anos, com a articulação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Se por acaso vier temos afinidade de ideias em relação às propostas não há por que nos unirmos para encaminharmos nossas defesas, desde que o interesse do povo esteja em primeiro lugar. Não há rusga por nome de siglas, estamos trabalhando pelo povo”, afirma.
Lúdio Cabral, eleito pela primeira vez para cargo de deputado estadual, vai exercer mandato em companhia do deputado reeleito Valdir Barranco, também do PT. Eles vêm de uma aliança de apoio à candidatura do republicano Wellington Fagundes, que aglomerou dez partidos. Além dos petistas, foram eleitos pelo grupo João Batista do Sindspen (PROS), Paulo Araújo (PP), Dr. Gimenez (PV), Faissal (PV) e Valmir Moretto (PRB).