O prefeito de Boca do Acre e presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Iran Lima (PSD), revelou que apesar da descida das águas nas ruas da cidade, os efeitos negativos da cheia ainda são enfrentados pela população.
Dentre os problemas vivenciados, Boca do Acre enfrenta a escassez da gasolina nos postos, que ocorre em decorrência da interrupção do tráfego de veículos nas rodovias federais utilizadas para o transporte do combustível. Pela proximidade com a capital acreana, que fica a 230 km distante, o combustível que abastece Boca do Acre é proveniente de Rio Branco (AC). Entretanto, a BR-317, que liga Boca do Acre a Rio Branco, está fechada. A BR-364, no trecho entre capital do Acre e Porto Velho (RO) também registra obstrução do tráfego devido à cheia do Rio Madeira.
A BR-364 é a rodovia por onde o abastecimento de combustível, alimentos e remédios é feito. Toda a produção passa pela rodovia. Acabou o combustível e os empresários que ainda possuem gasolina estão se aproveitando, vendendo o litro por até R$ 15. O Acre que nos abastece, mas o estado vizinho também enfrenta desabastecimento de combustíveis", explicou o prefeito do município.
O aumento do preço da gasolina e a escassez da oferta de combustíveis nos postos, que ocorre há dez dias, tem prejudicado a manutenção de serviços essenciais como, por exemplo, o trabalho de coleta de lixo e o transporte de alunos da rede municipal de ensino.
"Estamos paralisando o transporte escolar e a coleta de lixo porque não tem combustível. A situação é muito difícil, os comércios estão ficando desabastecidos e falta medicamento. Recorremos à Secretaria de Estadual de Saúde, que tem encaminhado por avião, em parceria com Exército, os medicamentos essenciais, alimentos e água", enfatizou Iran Lima.
Boca do Acre é um dos 15 municípios amazonenses em situação de emergência pelas cheias. No Amazonas, um município também está em estado de calamidade (Humaitá).
G1