Apesar da defesa, Mendes pontua que a substituição seria válida se forem confirmadas as denúncias contra o correligionário. “A Luciane tem tido uma postura corajosa e é um grande nome do PSB. Seria um grande nome para comandar o partido, se necessário”, pondera.
O prefeito defendeu que o congressista seja investigado e lamentou a situação. Para ele, é inevitável que a imagem do partido acabe atingida pelo escândalo, mesmo assim, acredita que a legenda é maior que o deputado.
“As ações do Valtenir foram feitas de forma isoladas e as consequências também deve ser, mas infelizmente acaba respingando no partido”, avalia.
Valtenir foi citado em um relatório da Polícia Federal que apurava uma suposta fraude na implantação de um projeto de internet gratuita em João Pessoa. Seu nome surgiu porque ele teria destinado uma emenda parlamentar para aplicar um sistema semelhante em Mato Grosso.
Inicialmente, Valtenir não estava entre os indiciados na investigação. O relatório, no entanto, acabou sendo enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de um inquérito. Isso porque uma das empresas contratadas por ele durante a campanha à reeleição em 2010 confirmou à PF que o pagamento pelo serviço foi realizado pela empresa Ideia Digital, principal acusada de envolvimento no esquema paraibano.
O caso abriu a discussão interna sobre a substituição de Valtenir no comando da legenda. Lideranças da base partidária, representadas por movimentos sociais, solicitaram que o deputado entregasse o cargo, ao menos até que as investigações fossem concluídas.
A troca, no entanto, já era pauta entre os militantes há algum tempo. Parte deles reclama os fatos de o partido há tempos não realizar eleições para diretoria e de Valtenir ter assumido o posto de presidente de forma provisória.
Valtenir, por sua vez, refuta as acusações e afirma não pretender se afastar da presidência. Para ele, o inquérito contra políticos do PSB tem a intenção de prejudicar a legenda na eleição de 2014.
Da Redação com Assessoria