Foto: Willian Matos/CMT
Com Felipe Leonel
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), afirmou que o Executivo Estadual não tem condições de apresentar uma nova proposta para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 6,58%.
Conforme a mensagem enviada na última semana aos deputados, o Governo prevê o pagamento da RGA referente ao ano de 2016 de forma gradativa nos meses de janeiro, abril e setembro de 2018.
Com a recusa do Fórum Sindical em aceitar tal proposta, o Executivo pediu a suspensão da tramitação do projeto no Legislativo, até que as negociações com os sindicalistas cheguem a um consenso. Uma reunião está agendada para está terça-feira (13).
No entanto, Dilmar se mostra pessimista. “O governador [Pedro Taques] já apresentou a proposta do Governo. Já é uma proposta bem elaborada. Não tem outra. A proposta que nós temos é essa, bem definida. Não temos condições de fazer qualquer tipo de mudança. Até porque, estamos em busca de dinheiro novo para salvar a saúde pública. Dificilmente se altera alguma coisa”, afirmou Dilmar, na manhã desta segunda-feira (12), durante a entrega de viaturas para as Polícias Militar e Civil.
“Não que a proposta seja inviável. É quase impossível. Estamos com uma queda de receita”, completou.
Diferente do que sinalizou o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Gustavo de Oliveira, na última semana, o líder do Governo afirma que o Estado não tem condições de atender a contraproposta apresentada pelo Fórum, que pede o adiantamento das parcelas da RGA, para que o reajuste seja pago ainda em 2017.
“Nós já conversamos com o Fórum Sindical e colocamos toda a situação. Dificilmente [haverá uma nova proposta], só se tiver alguma alteração que o governador queira. Acompanhei o governador entre quinta e sábado, e não teve nenhuma alteração. O que nós temos é a proposta elaborada com a ajuda dos deputados”, declarou.
Negociação
Após realizar uma paralisação geral de 24 horas na última quarta-feira (7), os representantes do Fórum Sindical se reuniram com o Governo, que se comprometeu a analisar uma nova proposta para o pagamento da RGA, levando em conta a viabilidade financeira do Estado.
Em contrapartida, o Fórum Sindical se comprometeu a não deflagrar greve geral. O acordo foi pactuado em reunião realizada na Casa Civil do Estado, na tarde desta quarta-feira (7), quando os servidores deflagraram uma paralisação geral de 24h.
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