Capitão do Exército, Sanogo assumiu o cargo criado especialmente para ele como forma de apoiar um governo de transição. Segundo analistas, o golpe de Estado, liderado por Sanago, em março de 2012, abriu caminho para a crise no país que vive em clima de disputa entre grupos extremistas islâmicos e o atual governo.
As divisões no Exército do Mali provocaram um confronto entre duas unidades que levaram à morte dois civis. A função de Sanogo permite que ele viva em instalações do Estado-Maior do Exército, na cidade de Kati.
Sanogo recebeu treino militar nos Estados Unidos e depôs o presidente Amadou Toumani Toure no golpe de Estado de 22 de março. Segundo Sanogo, Toure permitia a humilhação do Exército por rebeldes separatistas. Comparando-se a herói de guerra e ao ex-presidente da República da França Charles de Gaulle, Sanogo apresentou-se como salvador do Mali.
Com o Exército do Mali dividido, os extremistas islâmicos tomaram o Norte do país, impondo a sharia (a lei de costumes do Islamismo). Em 11 de janeiro, tropas militares da França chegaram ao Mali na tentativa de apoiar o governo e conter o avanço dos extremistas.
Fonte: Agência Brasil