Foto: JLSiqueira/ALMT
Líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM) saiu em defesa do governador Pedro Taques (PSDB) e rebateu as acusações de que o tucano tenha tido conhecimento da prática de caixa 2 na campanha ao Palácio Paiaguás, em 2014.
As acusações foram feitas pelo empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf, na última semana, em interrogatório à juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital. Réu em ação penal derivada da Operação Rêmora, o empresário é acusado de ser um dos líderes do esquema de fraudes a licitações e cobrança de propina a empresários que tinham contrato com a Secretária de Estado de Educação (Seduc).
“O depoimento dele não traz nenhum fato novo. Falta provar. É fácil as pessoas acusarem os outros. O problema é aprovar. Esse é o grande da política atualmente. Uma palavra dita acaba repercutindo como se fosse verdade. Não acredito que isso seja verdade”, afirmou Dilmar, na manhã da última segunda-feira (12).
Em seu depoimento, Alan afirmou que, atendendo a um pedido do próprio governador, no final de 2014 doou R$ 2 milhões para pagar dívidas não declaradas da campanha de Taques, que na época estava filiado ao PDT.
Além disso, Alan disse que Taques teria o tranquilizado quando a operação foi deflagrada e culminou nas prisões do empresário – e agora delator – Giovani Guizardi, e do ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto.
Dilmar, no entanto, afirma que as contas do governador foram devidamente prestadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
“O governador está tranquilo quanto a tudo o que foi feito. Ele [Pedro Taques] fez e homologou no TRE-MT tudo o que arrecadou durante a campanha. Justiça está ai para apurar todas as denúncias que está fazendo. Tudo o que entrou para a campanha foi de forma legal e está aprovado pelo tribunal”, pontuou.
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