Opinião

Lição!

É mesmo assim na vida a gente aprende todo dia e qualquer hora. Foi o que aconteceu comigo a semana que passou no meio de tantas tarefas uma tomou o meu tempo e me lançou num torvelinho de emoções: Bate papo com escritores na Biblioteca Estevão de Mendonça. E por que? Não havia experimentado o público infantil em nenhum sentido nem para escrever pois, entendo que a literatura infantil é algo muito difícil de construir. Apenas uma vez quando tinha 14 ou 15 anos escrevi um conto “O burro e a estrela”, que narrava o súbito afeto de um burrinho por uma estrela e, com o qual ganhei um prêmio. Algo surpreendente…   Depois todos os meus trabalhos foram desenvolvidos para adolescentes ou adultos como professora ou como praticante na área literária ou cênica. Assim, no passado dia 24 deste me coloquei diante de crianças para falar sobre minha experiência como escritora, dividindo com Vinicius Rangel-contador de estórias- o encerramento da Colônia de Férias.  O frio na barriga me assaltou, pois além delas para quem tinha responsabilidade de dar conta do recado, outras pessoas minhas convidadas ou não como Professora Maria Gregório e minhas amigas Kelly Carvalho, Anna Maria Ribeiro da Costa que como sempre deu contribuição valiosa com sua experiência com os Nambiquara interagindo com um garotinho foram acrescer minha expectativa. Também contei com a presença da Coordenadora de Cultura da Universidade Federal de Mato Grosso Thania Arruda que levou para o acervo da Biblioteca o catálogo da exposição “O Olhar cria esquinas para o Azul”, que trata da fatura de Wlademir Dias Pino sobre a logomarca da UFMT.  Pois bem como desenvolver um trabalho diferente para essas pessoas? Todos os dias havia assistido o papo dos escritores e percebido que havia uma balburdia no momento em que eles falavam. Resolvi desvestir os meus 77 anos e voltar ao tempo da minha infância.  Finalmente percebi que estava conseguindo dar conta do recado porque eles brincaram comigo e depois de falar minimamente sobre escrever momento em que sublinhei a importância da leitura, da biblioteca para alcançar uma boa escrita resolvi dançar com eles e amei. Sou grata pela oportunidade que me enriqueceu. Grata aos que foram pais, meus amigos e a criançada que me tornou menina de novo. Lição aprendida: não desista de nada mesmo com receio enfrente pois é isso que faz o SER!

Marília Beatriz de Figueiredo Leite – Graduada em Direito e mestre em Comunicação e Semiótica atuou como advogada e como professora nesta área e, posteriormente, como docente de artes, comunicação, cultura e semiótica. Entre outras atividades, sua carreira inclui, também, discussões, análises e cursos de extensão e de especialização nos campos da filosofia, literatura, cinema, teatro, música e danças regionais. No âmbito da produção literária assina apresentações de livros, é organizadora de obras artísticas e literárias, colaboradora em periódicos, autora de artigos e detentora de prêmios e distinções por sua contribuição à cultura e às artes. Na UFMT foi chefe do Departamento de Artes, presidente do Conselho Consultivo do Cineclube Coxiponés, coordenadora do Projeto Pixinguinha/Funarte, coordenadora do Museu de Artes e de Cultura Popular (MACP), coordenadora de Cultura, diretora do Teatro Universitário e autora do projeto da 1ª Bienal de Poesia Visual em parceria com Wlademir Dias-Pino, em 1995. É membro da Academia Mato-grossense de Letras da qual já foi presidente.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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