A LG apostou alto (e muito) no novo sistema. Matematicamente, digamos que 80% dos modelos que a empresa pretende colocar à venda neste ano rodam webOS. E, no fim das contas, faz sentido. O sistema é redondo e incrivelmente simples de usar, mesmo para quem não tem familiaridade com parafernália tecnológica. Os ícones são grandes, o controle é amigável e a resposta é rápida, mesmo nos televisores mais baratos, os chamados de entrada.
Há três grandes menus principais, dos quais é possível acessar as aplicações instaladas na TV. O primeiro mostra seus apps abertos recentemente, o segundo os apps que você pode abrir e rodar simultaneamente em multitarefa e o terceiro, e provavelmente mais relevante, é o menu de aplicativos propriamente dito. E há um punhado de programas disponíveis: os mais relevantes já vêm instalados, a exemplo no Netflix, mas a promessa é a de que novos desenvolvedores engordem a loja de apps da LG no decorrer do ano.
O controle é pequeno, menor ainda do que o de televisões convencionais. O porquê é bem óbvio: a LG retirou os números deles. Eles não desapareceram de todo, mas foram transferidos para a tela. Um teclado numérico virtual aparece assim que você abre a Live TV, que nada mais é do que a aplicação para navegar pelos canais de fato. Ficou menos prático, mas a "enxugada" no controle tem lá suas vantagens. A primeira, e mais óbvia, é que ele cabe perfeitamente na mão. Além disso, a saída dos números deu lugar a um botão de rolagem, igualzinho ao dos mouses, que permite navegar mais rapidamente pela interface.
O sistema de ponteiro da TV não é bem o que chamaríamos de inédito. É semelhante ao que vimos, por exemplo, no Nintendo Wii, com a diferença de que é mais preciso e de que não é necessário apontar para a televisão todo o tempo para que ele funcione. O ponteiro pode ainda ser configurado em tamanho e velocidade no menu de acessibilidade. Ponto para a LG nesse quesito.
Entre a gama de apps já disponíveis, destaca-se, mais uma vez, o Netflix. Ele, no entanto, não é o único a fazer bonito: o navegador se comporta bem, o YouTube também e há de se mencionar o Skype, que funciona com qualquer câmera que seja conectada na entrada USB. O controle conta ainda com microfone embutido, para comados de voz, inclusive em português. Um detalhe interessante: quando o usuário liga a TV pela primeira vez, é recebido por um simpático mascote, que o ajuda no passo a passo da configuração. Trata-se de uma estratégia da companhia para tornar o webOS amigável e incentivar as pessoas a logo de cara configurarem a parte "smart" da smart TV – que é o ponto principal do webOS, afinal.
O modelo mais barato da série LB6500, uma LED de 39 polegadas, chega por R$ 2.199. Há, no entanto, versões de 42 polegadas (R$ 2.699), 47 polegadas (R$ 3.399), 50 polegadas (R$ 3.999), 55 polegadas (R$ 5.499), 60 polegadas (R$ 7.499) e 65 polegadas (R$ 9.499). Para os dispostos a desembolsar uma pequena fortuna em uma televisão, vale o adendo de que a linha de TVs 4K com webOS chega em agosto.Com menus simples, aplicativos instaláveis e navegação rápida, o webOS é o que as smart TVs deveriam ter sido desde o início e, por agora, facilmente abocanha um lugar entre os melhores sistemas para televisão no mercado.
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