Com 37 anos, é normal se perguntar se Lewis Hamilton ainda tem gasolina no tanque para algo que com certeza ele tem em mente: o oitavo título mundial de Fórmula 1, que o faria desempatar com Michael Schumacher e consolidar ainda mais seu status de melhor piloto da história da categoria.
Se o título de 2021 ficou próximo, mas acabou indo para Max Verstappen, o de 2022 está sendo um passeio, com uma provável decisão várias etapas antes da última corrida e o bicampeonato de Verstappen.
Inclusive, Hamilton é uma das grandes decepções da temporada. Quem conferiu os prognósticos antes da temporada começar sabia que este poderia ser um ano de queda, mas a sexta posição na classificação geral de Hamilton sem dúvidas é um choque. Se você gosta de Fórmula 1 e quer começar dar seus palpites nas corridas aproveite o bônus da Betsul para fazer suas apostas.
Ainda mais porque na disputa de 2021, uma das mais históricas do automobilismo, o carro da Mercedes de Hamilton e da Red Bull de Verstappen estavam disputando cada milésimo de segundo. A corrida final até hoje é polêmica e para quem defende Hamilton, o oitavo título mesmo que não seja oficial, está devidamente colocado na conta.
Porém, com mudanças nas regras dos carros e um trabalho de recuperação da Red Bull na parte de engenharia e inovação fez a distância que era gigante da Mercedes ser bastante encurtada. A ideia era deixar os carros mais velozes e, independentemente do poder financeiro da escuderia, ter maior equilíbrio entre todas as equipes, para continuar crescendo após boas estratégias de marketing e uma remodelação da categoria.
Claro que não é só isso que explica a atual temporada, afinal Verstappen está voando com o carro RB18 e nenhuma equipe “pequena” está fazendo frente aos gigantes da última década. Mas sem dúvidas as mudanças não foram benéficas para a McLaren e Hamilton não escondeu que seu carro está lento.
Aquele milésimo a menos…
Não é novidade que a Fórmula 1 exige muito fisicamente dos pilotos a cada etapa. Não à toa é difícil que grandes pilotos consigam manter o mesmo nível por mais de uma década e depois de títulos de veteranos como Nigel Mansell (39 anos em 1992), Alain Prost (38 anos em 1993) e Damon Hill (36 anos) em 1996, os pilotos foram ficando mais novos e sendo campeões mais cedo.
Jacques Villeneuve venceu com 26 anos, Michael Schumacher com 25 anos, Fernando Alonso com 24 anos e depois Sebastian Vettel e Lewis Hamilton com 23 anos. Max Verstappen venceu com 24 anos também. Os quatro campeões mais jovens da história saíram entre 2005 e 2021.
Os campeões foram ficando mais precoces e não à toa Schumacher e Hamilton com isso ganharam espaço para conquistas seguidas e domínios impressionantes. Mesmo assim, a idade passa para todos. Hamilton começará a temporada de 2023 com 38 anos, 13 anos a mais que Verstappen e Charles Leclerc, seus dois maiores rivais atuais. A exigência física da corrida tem um impacto ainda maior quando sua conta passa de 300 corridas e sua motivação para vencer precisa ser sem paralelos quando se disputa com jovens que ainda tem uma carreira pela frente.
Não duvide de Lewis Hamilton
Mesmo que os sinais de queda estejam aparecendo, nunca é sensato duvidar de um megacampeão como Lewis Hamilton. Sua carreira já esteve em situações delicadas antes, como após seu primeiro título pela McLaren, sua saída da escuderia inglesa à qual ele era muito ligado e a briga com Fernando Alonso, que à época era visto como superior ao inglês. A dúvida é até quando ele irá correr: nos fins de temporada é comum ter alguma novela sobre sua continuidade, apesar dele já ter falado que gostaria de pilotar até os 40 anos.
Um novo título passaria por um trabalho de recuperação da Mercedes comandada por Toto Wolff e atuações muito inspiradas de Lewis Hamilton. Não duvide disso.