Mais de 8 milhões de pessoas foram vítimas de armadilhas on-line em 2022, revela levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O expressivo contingente de lesados é expressivo e cresce ao passo do avanço das ferramentas tecnológicas, que permite a execução de diversas tarefas por meio dos smartphones. Estimativa dos bancos brasileiros aponta que os golpes ao sistema financeiro nacional tenha atingido a cifra de R$ 2,5 bilhões no acumulado do ano passado.
“Fazer uma transferência hoje ficou muito mais fácil e barato. Basta uns poucos cliques e, em alguns segundos, o dinheiro estará em outra conta. Essa facilidade tem sido explorada por golpistas”, comenta o presidente da CNDL, José César da Costa.
Conforme o estudo, os crimes mais recorrentes envolvem clonagem de cartão, empréstimos fraudulentos e estranhos se passando por entes conhecidos.
“A realidade das fraudes não deve desencorajar o uso desses instrumentos, mas deve levar a adoção de cuidados por parte das instituições bancárias e também dos consumidores para evitar a ação de eventuais estelionatários”, emenda o representante da entidade.
O servidor público aposentado Fernando Santos* (nome fictício) foi um dos que entraram para essa estatística nada agradável após cair no “golpe do consignado”.
Após realizar um empréstimo de R$ 30 mil, ele foi contatado por representantes de suposta empresa oferendo a contratação de crédito por outra instituição financeira com condições mais atrativas para quitar o financiamento. Ele aceitou a proposta, mas a companhia não efetuou o pagamento de nenhuma parcela da dívida antiga e o prejuízo foi acima de R$ 20 mil.
Ainda segundo a vítima, os golpistas já detinham parte de suas informações pessoais e que durante passou mais dados por meio de mensagens e chamadas telefônicas.
“Já entrei com uma ação judicial contra a empresa e as instituições financeiras envolvidas no caso para tentar reaver pelo menos parte dos valor. Não imaginava toda essa dor de cabeça”.