O presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, disse que não há concorrente, até o momento, para disputar as eleições do próximo ano com o governador Pedro Taques (PSDB). Em entrevista à rádio Capital, Leitão afirmou que é tranquilamente o favorito para governador Mato Grosso até 2022.
"Hoje ele continua favorito, não tenho dúvidas disso. Ainda não apareceu ninguém para ser melhor que ele, mas a eleição ainda está muito longe”.
Apesar de negar articulação para as eleições de 2018, especulações sobre os possíveis candidatos já são realizadas nos bastidores. No grupo de reeleição do governador Pedro Taques, é cogitada a integração do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), para o cargo de vice-governador ou senador.
Na semana passada, o presidente do PSB de Mato Grosso, deputado federal Fábio Garcia, disse que a prioridade do grupo, como escolhido a candidato, é do governador Taques, que poderá fazer “dobradinha” com Mendes.
Na oposição, estaria o grupo político que elegeu Emanuel Pinheiro (PMDB) para o cargo de prefeito da capital. A principal aposta seria no presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim. O cacique do PMDB em Mato Grosso, deputado federal Carlos Bezerra, já admitiu haver conversas para preparar o conselheiro de contas como candidato a governador no próximo ano.
Na entrevista de hoje, Leitão afirmou, apesar de mostrar avaliação sobre hipotético de cenário de disputa, que cabe à oposição já pensar nas eleições de 2018, visto que o grupo de situação precisa focar em mais dois anos de mandatos (2017-2018) de Taques. O que é apontado como essencial para a corrida à reeleição.
“Quem tem discutir [as eleições de] 2018 hoje é a oposição, porque a situação tem que trabalhar e fazer um bom governo e melhorar todos os dias. O cuidado que tem que ser feito para as próximas eleições é fazer um bom governo. Se a atual gestão estiver fazendo seu trabalho, com boa aprovação, pode ter certeza de que o grupo permanecerá vivo”.
Disputa por secretarias
Nilson Leitão criticou a disputa de partidos da base do governo de Pedro Taques pela disputa de cargos em secretarias, dentro da reforma administrativa em andamento no Executivo. O deputado disse que o governo precisa ir bem para ter ambiente político favorável e comparou o conflito em Mato Grosso ao rompimento entre o PSB e o PT, à época da campanha de reeleição da então presidente Dilma Rousseff, quando o partido saiu da base da presidente para lançar candidato próprio.
“Não adianta dar espaço para o Partido A, B ou C se o governo não for bem. Se a atual gestão for mal, esses partidos simplesmente pulam do barco. Assim como foi no passado, quando o PSB estava com a Dilma Roussef, mas no meio do caminho saiu do PT e foi ter candidatura própria. Isso não pode acontecer. O importante é o PSDB cuidar da sua casa”.
Partidos como PP e PSD, do vice-governador Carlos Fávaro, que está no comando da Sema (Secretaria de Meio Ambiente) –a única do partio- tem mostrado descontentamento com o número de secretarias que PSB tem angariado na troca de secretários promovida por Taques, para um perfil mais político. Até o momento, já são seis cargos no Executivo.