O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) rebateu as críticas de parlamentares federais que são contra o remanejamento de emendas no valor de R$ 80 milhões para o custeio da saúde estadual. Segundo Leitão, parte da classe política mato-grossense está debatendo a questão da saúde “pensando apenas em 2018”.
“Não estamos mudando regra alguma. O que não se pode é parte da classe política fazer um debate político pensando apenas em 2018. Com a questão da saúde, é preciso ter a responsabilidade de fazer um debate pensando apenas na saúde, que é prioridade neste momento”, afirmou Leitão, em entrevista à Rádio Capital FM.
De acordo com o tucano, os governadores sempre decidiram para onde seria destinado o dinheiro de emendas federais e que ninguém está tentando mudar essa regra. “Foi assim com Blairo Maggi, Silval Barbosa e estamos tentando fazer com Taques”, completou o deputado federal.
O parlamentar explicou que quando foi protocolado o pedido da emenda impositiva da bancada mato-grossense, no valor de R$ 120 milhões, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB), sugeriu que a parte de R$ 80 milhões fosse destinada para o custeio do setor. Ainda de acordo com Leitão, R$ 40 milhões seriam destinados aos Hospitais Regionais e R$ 80 milhões para Cuiabá.
“A bancada foi contra e depois foi glosado esse montante de R$ 120 milhões para R$ 80 milhões”, afirmou Leitão.
O deputado chegou a propor, segundo ele, que os R$ 80 milhões fosse dividido em 50% para Cuiabá e o restante para os Hospitais Regionais, com a garantia de que o novo Pronto-Socorro e Hospital de Cuiabá fique pronto daqui um ano.
“A proposta do prefeito Emanuel, em janeiro, era que a parte de Cuiabá fosse para o custeio. Isso já era uma proposta, não é invenção minha. Falei com o prefeito e ele chegou a aceitar de que esse recurso de R$ 80 milhões ficaria 50% para Cuiabá e o restante para os hospitais regionais”, afirmou.
Licitação
Nilson Leitão ainda rebateu críticas da oposição que afirmou que a aquisição de determinados equipamentos para o novo pronto-socorro pode demorar mais de um ano, uma vez que alguns não têm a pronta entrega e que o processo licitatório é longo. Eles defendem que o certame seja lançado o mais breve possível.
Já Leitão argumentou que, por meio de um pregão eletrônico, o gestor consegue adquirir os equipamentos em até oito dias. “Esse não é o problema. Esses argumentos são frágeis”, afirmou o deputado, acrescentando que o secretário de Saúde, Luiz Soares, deverá assinar um convênio com a Prefeitura de Cuiabá para repasse do recurso e aquisição dos equipamentos.
Para Leitão, não é certo o Governo do Estado deixar o valor das emendas parado em uma conta, sendo que a saúde pública sofre com falta de recursos.
“De toda forma, sendo para os equipamentos ou custeio, o recurso vai para o Estado”, arrematou o deputado tucano.
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