A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, em segunda votação nesta quarta-feira (29), o Projeto de Lei 449/2021, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária de 2022. A proposta prevê 6,05% de Reajuste Geral Anual (RGA) para os servidores públicos e R$ 5,3 bilhões de renúncia fiscal.
A LDO de 2022 prevê um orçamento de R$ 24,368 bilhões, valor que será alterado para R$ 26,5 bilhões na Lei Orçamentária Anual (LOA), que é a última etapa do orçamento do Estado.
Foram votados três destaques para as emendas 64, 65 e 72. Duas emendas, a 64 e 65, de autoria do deputado Lúdio Cabral (PT), foram rejeitadas, e a emenda 72, de autoria do deputado Alan Kardec (PDT), foi mantida, de forma unânime, pelos parlamentares.
A emenda 72 trata da questão de transferência de recursos para os municípios e prevê facilitar os repasses para os municípios mais pobres, que enfrentam dificuldades por conta das certidões negativas que são exigidas para as transferências. “É uma emenda municipalista, importante para os municípios”, completou o presidente da Casa de Leis, deputado Max Russi (PSB).
Em discussão da LDO de 2022 em plenário, durante a Ordem do Dia, o deputado Lúdio Cabral (PT), argumentou que, mais uma vez, “a LDO padece de erro de origem por subestimar a receita estadual”. Segundo o parlamentar, o governo “não faz as estimativas corretas e mantém privilégios para os gigantes da economia”.
Além disso, conforme Lúdio Cabral, “o governo “trabalha com a previsão inflacionária abaixo da realidade, o que causa reflexos severos para os servidores estaduais”.
O deputado Paulo Araújo (PP), fez questão de destacar que apesar de a RGA ter tido um acréscimo de 1%, originalmente estava previsto 5,05% de reajuste, e foi aprovada em segunda votação com 6,05%.”Isso não é o ideal. Vamos continuar buscando negociação com o governo para melhorar o índice de reajuste inflacionário”, garantiu o parlamentar.
Paulo Araújo elogiou a emenda 72, mantida em plenário. Segundo ele, “é a redenção para os municípios mais pobres”.
Pela base do governo, o vice-líder na Assembleia Legislativa, deputado Wilson Santos (PSDB), argumentou que os deputados aprovaram uma LDO histórica. “Não quero ser injusto com nenhum governador, mas o último governante que conseguiu investir com recursos próprios foi Dante de Oliveira e, agora, Mauro Mendes. Depois de 20 anos, um governo destina 15% das receitas correntes líquidas para devolver ao povo mato-grossense”, destacou o parlamentar.