Imagens feitas pela Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica) mostram o interior da residência onde ocorreu a tragédia que matou a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, no último dia 12 de julho.
O crime ocorreu na casa do empresário Marcelo Cestari, localizada no condomínio Alphaville, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
O chamado laudo de local de crime, foi concluído nesta terça-feira (11), pela Politec, e entregue ao delegado Wagner Bassi, titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que o anexou ao inquérito policial que investiga as circunstâncias da morte de Isabele.
O documento traz imagens da fachada, da escada que dá acesso a área privativa da casa e do quarto, closet e banheiro da onde a menina foi morta. Há diversas fotos do corpo de Isabele, que não serão publicadas por respeito à família.
Os peritos ainda fotografaram as armas encontradas dentro da residência do empresário. Em algumas fotografias é possível ver respingos de sangue provocado após o disparo acertar a Isabele.
As imagens foram realizadas na madrugada do dia 13 de julho.
Armas na casa
Foram encontradas ainda sete armas na residência do empresário Marcelo Cestari naquela noite. Segundo os peritos, o armamento estava na suíte dele.
“Foram encontradas quatro estojos para armazenamento de arma de fogo, conhecidos como case pistols. Todos os estojos acondicionavam armas em seu interior no momento do exame. Três encontravam-se empilhadas de forma alinhada no guarda-roupas da lateral direita em desalinho com relação aos demais elementos guarda-roupas”, diz trecho de laudo.
Laudo
Isabele Ramos foi atingida com um tiro no rosto, por uma arma que estava sendo segurada pela melhor amiga, também de 14 anos.
O laudo de local do crime concluiu que o disparo que atingiu a adolescente ocorreu após "acionamento regular do gatilho" da pistola Imbel .380.
O documento ainda revela que quem atirou na adolescente “posicionou-se frontalmente em relação à vítima, sustentou a arma a uma altura de 1,44 m do piso com alinhamento horizontal e uma distância entre 20 e 30 centímetros da face da vítima.
À polícia, dias depois da tragédia, a adolescente que atirou disse que foi em busca da amiga no banheiro do seu quarto levando em mãos duas armas. Em determinado momento, as armas, que estavam em um case, caíram no chão.
“A declarante abaixou para pegar os objetos, tendo empunhado uma das armas com a mão direita e equilibrado a outra com a mão esquerda em cima do case que estava aberto", revelou a menor em depoimento.
"Que em decorrência disso, sentiu um certo desequilíbrio ao segurar o case com uma mão, ainda contendo uma arma, e a outra arma na mão direita, gerando o reflexo de colocar uma arma sobre a outra, buscando estabilidade, já em pé. Neste momento houve o disparo", acrescentou.