O porteiro da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Sebastião Faria, afirmou que em troca de atuar como “laranja” do empresário Filinto Muller, o delator da 4ª fase da Operação Sodoma lhe repassava dinheiro que contribuía com a aquisição de medicamentos para sua mãe, que sofria de um câncer no útero.
Ao conversar com a imprensa no Fórum da Capital, na última segunda-feira (24), Sebastião reforçou o depoimento prestado a Delegacia Fazendária (Defaz) e disse que em 2014 teve seu nome usado por Filinto para abrir a empresa S F Assessoria e Organização de Eventos, criada especialmente para lavar o dinheiro obtido no esquema na desapropriação de uma área de 55 hectares no Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá.
O porteiro seria ouvido nesta segunda-feira pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, como testemunha do ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi e do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Correa. As defesas, porém, optaram por dispensá-lo.
“Ele [Filinto] meu deu cerca de R$ 2 mil durante um ano que eu usei para comprar os remédios da minha mãe”, disse.
Conforme a investigação, a mãe de Sebastião faleceu em 2015, sendo que Filinto contribuiu para a realização do enterro, com o valor de R$ 10 mil.
