Fito o manto estelífero e anilado,
rendilhado de encantos do infinito,
o mistério do tempo circunscrito
por saberes retidos do passado.
E a mirá-lo, em silêncio, de bom grado,
rememoro as metáforas do mito,
o sentido do mundo em que transito,
aprendido com índios, lado a lado.
Demiurgos e míticas figuras,
habitantes do cosmo, nas alturas,
no fantástico espaço luzidio.
Lamentável perder a humanidade
as riquezas de tal diversidade
renegada por séculos a fio.
Edir Pina de Barros é membro da Academia Brasileira de Sonetistas e da Academia Virtual de Poetas de Língua Portuguesa. Seus poemas estão disponíveis em vários livros, antologias, revistas eletrônicas e nas mídias sociais. É doutora e pós-doutora em Antropologia pela USP, professora aposentada (UFMT). Nasceu no Mato Grosso do Sul e hoje reside em Brasília.