Na falta de solução, apelemos para a gentileza. Vamos pregar a delicadeza. Porque não, não está fácil pra ninguém.
A constatação é de Pluct Plact, aquele extraterrestre extraviado no planeta Terra, sem chance imediata de retorno para qualquer lugar menos lunático da galáxia.
Bem que ele tentou como paliativo uma vaguinha junto a sua amiga cronista, voluntariamente isolada já tem um tempo numa “invernada”, do outro lado do túnel (é seu correspondente, único contato com o mundo exterior). Mas a lotação anda esgotada, com uma imensa fila de terráqueos querendo vaga no lugar. Como alienígena juramentado, não conseguiu sequer fazer sua inscrição. Chegaram a conclusão que de louco, ele não tinha nada.
Uma pena. Isso o obrigou a acompanhar mais uma eleição para poder contar na próxima visita, entre outras novidades, que passado o limpa banco eleitoral, vem aí um refresco até a votação do segundo turno.
Pelo menos em 55 cidades com mais de 200 mil eleitores divididos (onde os candidatos não alcançaram maioria simples mais um), haverá chance de uma discursão mais aprofundada sobre o modelo de gestão a ser adotado.
Não que adiante muito em alguns lugares. No Rio, tédio… Vai dar Marcelo. Crivella ou Freixo. Oito ou oitenta. Com muitas ausências, votos nulos e brancos entre os extremos.
Sobre São Paulo pretende nem citar, se ela não perguntar…
Um pedido garantido da reclusa será um rápido painel do seu Mato Grosso. Momento de tensão. Pra começar, a inacreditável sinalização referente a participação feminina no pleito. Dos 141 municípios, 15 prefeitas se elegeram. Delas, 12 são marinheiras de primeira viagem no cargo. Parece pouco?
Nos legislativos elas ocuparão reles 12,93% das cadeiras. 42 localidades não têm nenhuma única mulher na câmara municipal! Santa Carmem é o único município do estado em que estão em maioria ocupando 5, das 9 vagas. Informações do jornalista Eduardo Gomes.
E quanto ao segundo turno na capital, assunto de interesse geral? Em Cuiabá, entre Emanuel Pinheiro, do PMDB, e Wilson Santos, do PSDB. Lá, como no Rio e São Paulo, a ausência foi campeã de votos no primeiro turno. É difícil saber quem é o mais do mesmo.
Sim, Emanuel, do PFL, para o PDT (onde costurou o apoio do partido a candidatura de Wilson Santos à prefeitura, conta seu site), na Secretaria de Trânsito e Transportes Urbanos do prefeito eleito… Wilson Santos. Vai pro PL, PR e, finalmente para o PMDB de… Carlos Bezerra.
Já Wilson Santos abre os trabalhos no PMDB de… Carlos Bezerra, como vereador. Passa para o PDT e depois para o PSDB. Prefeito por um mandato e meio.
Tudo parecido. Wilson diz que é Dante. Emanuel é Jonas Pinheiro. Emanuel é Blairo que governava quando Wilson era prefeito. Que é Pedro Taques. Wilson só não é Mauro Mendes e esse jamais será Wilson, se nem agora assumiu. Mas são do mesmo grupo político, captou?
A parte boa é que há mais tempo para conhecer as características dos postulantes e suas propostas.
Isso, enquanto o mundo continua girando e a história é atropelada pelos acontecimentos. O Brasil está… Melhor deixar pra lá. Vamos manter o ânimo elevado.
Como Pluct, Plact é otimista, idealiza um período de depuração. Considera que pior não pode ficar.Então o jeito é peneirar. O problema é: peneirar o que?
Os surpreendentes sinais de que há humanidade no meio de tanta crueldade, sugere. Pequenas sutilezas. Como as miúdas Lágrimas de Nossa Senhora fotografadas (colher jamais) para a amiga. Elas florescem! Num pé de árvore numa rua qualquer de Copacabana…