Justiça rejeita pedido de exame de insanidade para acusada de assassinato brutal em Cuiabá
A Justiça da 14ª Vara Criminal de Cuiabá negou o pedido da defesa de Nataly Helen Martins Pereira para instaurar um incidente de insanidade mental. Nataly é a principal acusada do assassinato brutal da jovem Emelly Azevedo Sena, de apenas 16 anos, grávida de nove meses, em março deste ano. A defesa alegava que a ré sofre de distúrbios mentais e, por isso, deveria ser considerada inimputável.
O pedido já havia sido feito pela defesa na audiência de custódia, poucas horas após Nataly ser presa. Ela foi detida ao procurar atendimento médico com a recém-nascida retirada do ventre da vítima, alegando falsamente que havia dado à luz em casa. Exames descartaram a possibilidade de parto e levantaram o alerta que levou à investigação do crime.
Os advogados André Luís Melo Fort e Ícaro Vione de Paulo destacaram que Nataly não tem antecedentes, possui residência fixa e é mãe de três filhos. Eles alegaram que a acusada é portadora de transtornos mentais, consequência de um estupro sofrido em 2011, o que teria causado episódios de depressão e surtos psicóticos. Ainda assim, a Justiça entendeu que não há elementos suficientes que justifiquem a instauração do incidente de insanidade mental.
O caso ganhou notoriedade pela brutalidade. Emelly saiu de casa no dia 12 de março para buscar doações de roupas e não voltou mais. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado enterrado em uma cova rasa, no quintal de uma casa no bairro Jardim Florianópolis. A jovem foi morta com requintes de crueldade: tinha os pés e mãos amarrados, sacolas na cabeça e uma incisão em formato de “T” no abdômen, de onde o bebê foi retirado.