A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva do procurador afastado da Assembleia Legislativa, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, acusado de matar a tiros o morador de rua Ney Alves Muller da Silva, em abril deste ano, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.
A defesa pedia a substituição da prisão por medidas cautelares, alegando ilegalidade no flagrante e sustentando que Luiz teria agido em legítima defesa. Também argumentava que o procurador possui bons antecedentes e residência fixa.
O relator do habeas corpus, desembargador Gilberto Giraldelli, considerou a prisão legal e justificável diante da gravidade do crime e da necessidade de preservação da ordem pública. Segundo ele, há indícios de que o procurador procurou ativamente pela vítima antes de efetuar o disparo. O voto foi acompanhado pelos demais integrantes da câmara.
Ney Muller foi morto com um tiro na cabeça no dia 9 de abril, na Avenida Edgar Vieira. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Luiz se aproxima da vítima com o carro, conversa brevemente e atira antes de fugir.
Em depoimento, Luiz afirmou que a vítima havia danificado seu veículo, uma Land Rover, enquanto ele jantava com a família. Após o jantar, ele deixou a família em casa e saiu à procura de Ney.