O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Wladymir Perri, determinou que o policial civil Mario Wilson Vieira, acusado de matar a tiros o policial militar Thiago de Souza Ruiz em uma conveniência, deve ser julgado por um tribunal do júri. A data de julgamento ainda não foi divulgada.
Na decisão, o magistrado considerou que para apontar uma culpa, essa análise deve ser feita por um tribunal do júri, segundo o qual é um órgão competente para a análise de mérito de crimes dolosos contra a vida.
"Portanto, da análise de tudo que foi narrado, considerando a arma utilizada, a quantidade de disparos e os locais em que os ferimentos ocorreram (por exemplo, nas costas), o reconhecimento da pretendida exclusão de ilicitude, e consequente absolvição sumária, não se revela adequada nesta fase processual, devendo o dolo da conduta do acusado ser analisado perante o júri", afirmou.
O acusado permanece preso.
Relembre o caso
Por volta de 03h30 do dia 27 de abril deste ano, as equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Corregedoria-Geral foram acionadas para atender a ocorrência de homicídio na conveniência de um posto de combustível ao lado da Praça 08 de abril, na capital.
De acordo com testemunhas, os policiais teriam se conhecido no dia do crime e tiveram desavenças logo no início. Uma funcionária do local disse que o policial militar disse: "Eu também sou policial, eu também estou armado, você não sabe o que eu posso fazer, minha reação, mas está tudo tranquilo".
Nas imagens, é possível ver Thiago (de camisa branca), Mario (de camisa cinza) e um outro homem estão sentados à mesa. Thiago mostra uma cicatriz e, em seguida, Mário se levanta com o revólver na mão e puxa a arma da cintura de Thiago, que tenta pegar o revólver novamente. Eles entram em uma luta corporal.