Foto: Willian Matos
O juiz substituto Alex Fabiano de Souza, da 3ª Vara do Trabalho de Várzea Grande, determinou a interdição do Complexo Operacional dos Correios, localizado no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, por conta das condições insalubres de trabalho no local.
A decisão liminar (provisória) foi proferida na tarde desta quinta-feira (30) e atende ao pedido do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios Telégrafos e Serviços Postais de Mato Grosso (Sintect-MT), no qual apontou que os servidores da estatal estavam trabalhando em local insalubre, com presença de animais, escorpiões e muita sujeira.
A ação foi proposta após os servidores do complexo deflagrarem greve geral, por conta das situações de trabalho e a morte cerebral de um trabalhador dos Correios – com mais de 20 anos de profissão -, em decorrência da doença neurocriptococose, contraída por vias respiratórias, ao inalar fungos encontrados em fezes de pombos.
Em sua decisão, o magistrado determinou que a direção regional dos Correios realize a “devida” dedetização e limpeza do prédio.
“Assim, ante o perigo de dano à integridade dos trabalhos naquele local e probabilidade do direito, acolho o pedido de tutela de urgência, determinando que a parte ré, responsável pela segurança e saúde do ambiente de trabalho, a partir da ciência desta decisão, realize a devida dedetização do prédio, limpeza ou contratação especializada na eliminação de pombos e demais animais causadores de doenças, sem a presença dos seus trabalhadores”, diz trecho da decisão.
Alex Souza ainda estipulou o pagamento de multa no valor de R$ 50 mil, em caso de descumprimento da decisão de interdição do prédio.
De acordo com o presidente do Sintect-MT, Edimar Leite, ainda há trabalhadores no prédio do Complexo dos Correios de Várzea Grande, uma vez que a administração não foi notificada da decisão. No entanto, conforme o sindicalista, os funcionários já foram avisados que devem deixar o local.
Leia mais:
Paralisação na Central dos Correios continua por tempo indeterminado
Sindicalista culpa negligência da diretoria regional dos Correios por morte de servidor