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Justiça de SP prorroga prisões de estelionatários da operação Adrenalina

Os 12 membros da organização criminosa que aplicou golpes em cerca de oitos estados tiveram as prisões temporárias prorrogadas pela Justiça de Presidente Venceslau (SP), na sexta-feira (03). Os suspeitos foram presos na operação Adrenalina, deflagrada pelas Polícias Civis de São Paulo e Mato Grosso, na terça-feira (31.01), em Rondonópolis (212 km ao Sul).

A informação é do delegado da Polícia Civil de Presidente Venceslau, Everson Aparecido Contelli e que considerou a medida necessária para conclusão das investigações. “A medida é necessária para conclusão das investigações policiais e completo esclarecimento sobre a dinâmica da organização criminosa desarticulada pela operação Adrenalina”, disse.

As prisões temporárias de cinco dias venceriam neste sábado (04) e foram prorrogadas por mais 5 dias. Nove estão na Penitenciária Regional, Majora Eldo de Sá Corrêa ( Mata Grande), em Rondonópolis, uma mulher em Campo Verde e outras duas mulheres na cadeia feminina de Rondonópolis. Todos os permanecerão presos até o dia 9 de fevereiro e já foram interrogados.

A investigação apontou que os criminosos agiam em diferentes modalidades de golpes. "Frequentemente se passavam por falsos médicos usando dados dos cadastros dos hospitais, solicitando depósitos urgentes para exames ou remédios em pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), e também ligavam para secretarias de educação de municípios pequenos e se passavam por membros do Ministério Público Federal que queriam agendar visitas referentes a verbas extras", explicou o delegado.

As investigações policiais  iniciaram há quatro meses pela Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau (PCSP), com apoio também de Presidente Prudente, e que identificou o envolvimento de 31 pessoas, das quais 8  estavam em presídios de Mato Grosso, de onde praticavam golpes fazendo vítimas em oito estados da federação e no Distrito Federal.

Os criminosos vão responder por estelionato, extorsão, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Casos

Em agosto de 2016 a polícia calculava que pelo menos 20 famílias tinham sido vítimas de golpes aplicados em hospitais em seis meses, em Cuiabá. Os estelionatários telefonam para os parentes de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dizem que o estado de saúde desses pacientes se agravou e pedem dinheiro para comprar medicamentos, que seriam a única chance de melhora para o doente.

Somente no Hospital Universitário Júlio Müller, na capital, foram três casos em julho do ano passado. Em um deles, chegou a ser feito um depósito de R$ 1,5 mil numa conta bancária indicada pelos criminosos. Nos outros dois casos, o golpe foi descoberto a tempo de não ter feito o depósito.

Uma das famílias entrou em contato com a administração do hospital para confirmar o pedido de dinheiro e descobriu a fraude. No outro, uma coincidência: o paciente era primo de uma funcionária do hospital. Ele tinha sido internado para uma cirurgia na vesícula, mas o golpista pedia dinheiro para tratamento contra leucemia.

Na certeza de que o hospital não cobra nada pelos procedimentos, ela alertou a família e conseguiu gravar uma ligação, com a ajuda da sobrinha.

"Eu só solicitei à família para que continuasse a conversa para descobrir o que é que eles queriam", disse a professora Joceli Lins, da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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PJC

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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