Jurídico

Justiça condena PM a 20 anos de prisão por morte de tenente do Bope em operação

Policial militar Lucélio Gomes Jacinto foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do tenente do Bope, Carlos Henirque Sheifer. Outros dois acusados de particpar do assassinato, os militares Joailton Lopes de Amorim e  Werney Cavalcante Jovino foram absolvidos. 

A promotora Daniele Crema da Rocha de Souza, que atua no julgamento da morte de Carlos Henrique Scheifer, tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) morto em 2017, disse que Lucélio Gomes Jacinto, policial autor do disparo que tirou a vida do próprio colega, “matou, mentiu e omitiu” a respeito da morte de Scheifer.

Segundo a promotora, até a data de hoje, Jacinto não disse a verdade sobre o que aconteceu no dia operação policial que resultou na morte do tenente.

Ela afirma ainda que o Jacinto só mudou a versão dada inicialmente após o exame de balística comprovar que o tiro que matou o tenente partiu da arma do próprio Jacinto. Antes, os três agentes afirmaram que Carlos Scheifer teria morrido em confronto com bandidos

Ainda durante o julgamento, a promotora pediu que fosse mantida a qualificação da pena para Jacinto. “Uma pena branda e nada é a mesma coisa”, enfatizou Daniele, que sustentou a tese da acusação por mais de 2 horas.

O julgamento

A 11ª Vara de Justiça Militar deu início nesta quarta-feira (24) ao julgamento do agora cabo Lucélio Gomes Jacinto, do 3º sargento Joailton Lopes de Amorim e o soldado Werney Cavalcante Jovino, pelo assassinato do Carlos Henrique Scheifer, ex tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), morto em 2017.

A viúva do tenente Scheifer, Tássia Paschoiotto Scheifer, participa do julgamento que é realizado on-line.

A sessão é presidida pelo juiz Marcos Faleiros juntamente com o Conselho Militar formado por major Heitor Fernandes, o coronel Nerci Adriano Dernardi, o capitão Rondon Souza Alves, o suplente 1° tenente Felipe Silva de Almeida, o capitão Marcos Gomes de Freitas, o suplente Daniel Alves Moura e Silva e o capitão Marco Antônio Souza.

O caso

O policial foi morto aos 27 anos com um tiro de fuzil que o atingiu no abdômen, durante operação em um distrito de União do Norte, em Matupá, a 700 km de Cuiabá. Os policiais estavam em busca de criminosos da quadrilha de assalto a banco, na modalidade “novo cangaço”. Ele chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas não resistiu.

Redação

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