Começam nesta sexta-feira (16) as oitivas referentes à operação Seven, que investiga fraudes no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat). A juíza Selma Rosane, da 7ª Vara de Combate ao Crime Organizado, ouvirá as testemunhas listadas pelo Ministério Público Estadual (MPE). As audiências ainda têm datas marcadas para a próxima segunda-feira (19), dia 20 e 26 de setembro, todas realizadas no Fórum da Capital.
Ao todo serão ouvidas hoje oito pessoas, entre elas o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), José Esteves Lacerda e o servidor, Alexandre Batistella. Ainda, o ex-auditor geral do Estado, José Alves Pereira Filho. Também serão ouvidas: Davi Ferreira Botelho, Pierre Monteiro da Silva, Celso de Arruda Souza, Ronaldo Gomes e Wagner Bitencourt Serra.
Na próxima semana estão previstos os depoimentos das testemunhas da defesa do Silval Barbosa, Francisco Gomes de Andrade Filho, o “Chico Lima”, de Cláudio Takayuki Shida, Francisval Akerley da Costa e Wilson Gambogi Pinheiro Taques. No dia 26 serão as testemunhas arroladas por Filinto Corrêa da Costa, Arnaldo Alves de Souza Neto e Pedro Jamil Nadaf.
Autoridades também compõem a lista de testemunhas a serem ouvidas, dentre eles o ministro de Agricultura Blairo Maggi (PP), o senador Wellington Fagundes (PR) e o deputado federal Fábio Garcia (PSB), todos por carta precatória, ou seja, à distância.
Já os deputados estaduais Mauro Savi, Romoaldo Junior e o controlador-geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves serão ouvidos como testemunhas, entretanto, por deterem prerrogativa de foro, que os cargos lhe conferem, podem escolher quando são ouvidos, entre as datas do dia 19,20 e 26.
Após as oitivas da fase de instrução e julgamento com testemunhas, os réus serão ouvidos em fase interrogatória, a partir do dia 28, quando serão ouvidos Silval Barbosa, Pedro Nadaf, Afonso Dalberto, José de Jesus Nunes Cordeiro e Filinto Correa da Costa.
No dia seguinte, seguem os interrogatórios, com Francisval Akerley da Costa, Claudio Takayuki Shida, Wilson Gamboji Pinheiro Taques, e Arnaldo Alves de Souza Neto.
Entenda o caso
De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o esquema teve o intuito de autorizar o Intermat a comprar uma área rural de 727 hectares, imóvel que integra o ‘Parque Estadual das Águas do Cuiabá’, que já pertenceria ao Estado e foi adquirida novamente de Filinto Corrêa, com preço superfaturado de R$ 4 milhões.